A Petrobras informou que obteve, na última sexta-feira (28), autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para retomar a produção de mais 6 instalações.
Elas estão localizadas nos campos de Taquipe, Buracica, Fazenda Alvorada, Rio do Bu e Cidade de Entre Rios, dando continuidade aos trabalhos de desinterdição do Polo Bahia Terra, que abrange municípios da Região de Salvador.
A companhia informou ainda que iniciou a execução dos procedimentos operacionais necessários para o retorno seguro do processo produtivo dessas instalações.
Somado à produção das instalações previamente autorizadas ao retorno operacional, a desinterdição possibilitará o reestabelecimento de aproximadamente 43% da produção total do Polo Bahia Terra.
A operação foi paralisada no polo por determinação da ANP em dezembro do ano passado. A Petrobras afirmou que vem envidando esforços para o atendimento às condicionantes estabelecidas pelo órgão regulador e para garantir o reestabelecimento da operação das instalações do Polo Bahia Terra no menor tempo possível.
O Polo Bahia Terra é um dos ativos que estavam do programa de desinvestimentos da Petrobras durante o governo de Jair Bolsonaro, em maio de 2022. Com a possível venda, o consórcio formado pela PetroReconcavo (RECV3) e Eneva (ENEV3) entraram nas negociações.
As duas petroleiras chegaram a fazer uma oferta no valor foi superior a US$ 1,4 bilhão, porém as negociações não avançaram. Com a mudança de governo, a venda do polo ficou ainda mais distante. Isso porque, além dos recentes ofícios do Ministério de Minas e Energia (MME), solicitando a revisão dos ativos em desinvestimentos, o próprio novo CEO da estatal, Jean Paul Prates, deixou a questão em aberto há pouco mais de um mês. “(O desinvestimento de) Bahia Terra não está finalizado, nem está assinado. Vai continuar sendo tratado dentro de uma nova ótica. Não sei se vai ser vendido ou não. A gente vai decidir”, afirmou Prates.
A “nova ótica” o qual o presidente da Petrobras se refere pode ser uma alusão a uma das promessas de campanha do presidente Lula, que era sobre suspender a venda de ativos da estatal e um possível caminho em direção à privatização.