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Barragens de Ceraíma e Poço do Magro perderam 23% do volume da água armazenada em um ano

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O pouco volume de chuvas desde o fim de janeiro prejudicou bastante o armazenamento de água nas principais barragens de Guanambi, Ceraíma e Poço do Magro.

As duas barragens juntas têm capacidade para armazenar 88,4 milhões de metros cúbicos (m³) e ambas chegaram ao volume máximo em janeiro de 2022. Em junho do mesmo ano, o volume armazenado era de 77,1 milhões m³.

Já na última sexta-feira (17), a medição realizada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), apurou o volume somado era de 59,3 milhões de m³, uma redução de 23% em doze meses.

Com capacidade para armazenas 51,1 milhões de m³, o reservatório da barragem de Ceraíma encontra-se com 34,8 milhões de m³, o que equivale a 68% do volume total. Já Poço do Magro armazena até 37 milhões de m³ e tem atualmente 24,5 milhões de m³, equivalente a 66,2%.

As outras duas barragens da região sob responsabilidade da Codevasf na Região de Guanambi são a do Estreito e de Cova da Mandioca. Eles tinha 117 milhões de m³ em junho de 2022 e agora juntas armazenam 94 milhões de m³. Estreito está com 38% do volume útil e Cova da Mandioca tem 55%.

Poucas chuvas

Depois de três anos seguidos com chuvas acima da média, as quatro barragens da região conseguiram alcançar níveis que não registravam há muitos anos. No entanto, desde o fim de janeiro, as chuvas ficaram muito escassas na região.

No meses de fevereiro e março não choveu nada em Guanambi. Em abril e maio houve alguns episódios de chuva, mas foram insuficientes para melhorar a reserva de água das barragens.

A situação, aliada a altas temperaturas, contribuiu para a redução no volume de água armazenada nos reservatórios da região, usados para irrigação, abastecimento humano e dessedentação animal.

O inverno que se inicia nesta quarta-feira (21) chega sob influência de um El Niño severo em formação. Sob influência do fenômeno, normalmente, a metade norte do pais fica com chuvas mais escassas e as temperaturas mais elevadas, enquanto o metade sul geralmente registra volumes maiores de preciptação.

O outuno terminou com calor e baixa umidade em Guanambi. As previsões indicam que deve haver queda na temperatura nos primeiros dias da nova estação.

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