Em cada canto da Bahia, a avicultura caipira ganha cada vez mais espaço graças aos investimentos do Governo do Estado por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR). Com a assistência técnica qualificada, agricultores e agricultoras familiares da comunidade quilombola de Jurema, do município de Palmas de Monte Alto, modificaram a forma de criação e hoje evoluem tanto na comercialização de galinhas quanto de ovos, mais nutritivos e saudáveis para o consumo.
O agricultor e Agente Comunitário Rural (ACR), Wilton Dias, comentou sobre os avanços na Associação Comunitária dos Produtores Rurais de Jurema e Adjacências após os investimentos de R$ 695,6 mil para desenvolvimento da atividade. “Antes, a gente tinha aves, mas não tinha os devidos cuidados e perdíamos muitas galinhas porque elas ficavam soltas e os bichos do mato comiam. Depois do projeto, nós passamos a ter os devidos cuidados sanitários, com a forma correta de balancear a ração e o melhoramento genético com a chegada dos galos naturalizados PO (puros de origem)”.
Além desses benefícios, a comunidade recebeu uma chocadeira, que elevou a produção de ovos, e a vacinação também contribuiu para evitar a perda dos animais. Tudo isso proporcionou um aumento da produção e da renda de agricultores familiares como Alessandro Oliveira. “Graças ao Bahia Produtiva, a produção de galinhas e ovos deu uma melhorada grande e hoje eu comercializo aqui na comunidade mesmo. Minha renda mensal com as vendas já é de R$ 300 e é só o começo”, comemorou.
Agora, a comunidade já pensa em evoluir na comercialização dos ovos, como informou Wilton. “A gente tinha aves apenas para o consumo próprio, mas hoje a gente já produz para vender para os vizinhos e até mesmo nos mercados da cidade. Estamos em fase de transição. Vamos melhorar as nossas poedeiras para, no futuro, comercializar em grande escala”, analisa Wilton.
O Bahia Produtiva é um projeto executado pela CAR, empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural, com cofinanciamento do Banco Mundial. A prestadora de assistência técnica contratada por meio do projeto para acompanhar a comunidade foi a Cooperativa de Trabalho, Assessoria Técnica e Educacional para o Desenvolvimento da Agricultura Familiar (Cootraf).