A Polícia Rodoviária Federal (PRF), no combate a crimes contra o meio ambiente, resgatou oito aves silvestres em trecho do município de Vitória da Conquista, na Região Sudoeste da Bahia. Os flagrantes aconteceram neste final de semana, em frente a unidade operacional do órgão.
Ao abordarem três ônibus em momentos distintos, os policiais iniciaram os procedimentos de fiscalização e avistaram os animais presos em gaiolas, de forma precária e demonstrando total falta de cuidados.
A PRF informou que a primeira ocorrência foi registrada às 12h de sábado (5) quando foram resgatados quatro aves que estavam aprisionadas dentro de uma gaiola. Os pássaros conhecidos como canário da terra seriam levados para a cidade de Amaraji, Pernambuco. Um homem de 29 anos foi identificado como responsável pelo transporte ilegal dos animais. Ele disse que transportava os pássaros a pedido de um primo dele.
Ainda no sábado, por volta das 18h30, durante abordagem a um ônibus de turismo, os PRFs decidiram aprofundar à fiscalização e acabaram encontrando 02 (dois) trinca-ferro que estavam em gaiolas separadas e colocadas no compartimento superior do veículo.
O responsável pelas aves, um homem de 47 anos, não apresentou nenhuma documentação emitida por órgãos ambientais.
Por fim, na manhã de domingo (06) às 09h30, foi parado um ônibus que fazia o itinerário Rio de Janeiro x Natal. Dentro do veículo foram resgatados dois trinca-ferro que estavam com um passageiro. Os pássaros foram encontrados dentro de uma gaiola e estavam em condição precária.
Dada às circunstâncias, foram lavrados os Termos Circunstanciado de Ocorrência (TCO), e os infratores responderão na Justiça por crime contra o meio ambiente previsto na Lei 9.605/98.
As aves foram encaminhadas ao órgão ambiental CETAS, onde receberão os primeiros cuidados para depois serem devolvidos a natureza.
Vale ressaltar que é crime a caça predatória, o tráfico e a criação ilegal de animais silvestres. As penas para estes crimes ambientais são de multa de até R$ 5 mil, por animal encontrado irregularmente, e até um ano e seis meses de prisão.