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Em junho, vendas do varejo baiano cresceram 1,5%

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Em junho deste ano as vendas no comércio varejista registraram um aumento de 1,5% em relação ao mês maio. No cenário nacional, na mesma base de comparação, os negócios se mantiveram estáveis. Em relação a igual mês do ano anterior, as vendas na Bahia cresceram 6,8%, sendo o oitavo consecutivo e quarto melhor resultado do país, enquanto no Brasil o avanço foi modesto, com a taxa de 1,3%.

No primeiro semestre, as variações também foram positivas em 3,9% e 1,3%, tanto no âmbito estadual como no federal. Os dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento.

A expansão nos negócios se deve ao efeito base (uma vez que em igual período de 2022 as vendas recuaram 5,3%), ao aumento do salário mínimo verificado no mês passado, ao alívio da inflação, à expectativa de redução na taxa de juros e à melhoria no mercado de trabalho. Além desses fatores, contribuiu a força dos festejos juninos na Bahia, aliada à antecipação de parte do salário dos servidores pelo Governo do Estado, o que impulsionou ainda mais o varejo. O contexto resultou numa melhoria no otimismo do consumidor.

Segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do FGV IBRE avançou 4,1 pontos em junho, passando para 92,3, maior nível desde fevereiro de 2019 (94,5 pontos). Entretanto, ainda não é possível afirmar que o setor retomou a sua trajetória de crescimento, uma vez que a situação financeira das famílias continua insatisfatória, dado o elevado nível de endividamento, a despeito do programa do governo federal Desenrola Brasil.

Foto: Tabela do IBGE | Reprodução

Por atividade, em junho de 2023, os dados do comércio varejista do estado baiano, quando comparados aos de junho de 2022, revelam que quatro dos oito segmentos que compõem o indicador do volume de vendas registraram comportamento positivo: Combustíveis e lubrificantes (46,2%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (9,4%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,6%) e Móveis e eletrodomésticos (1,9%).

Os demais segmentos apresentaram comportamento negativo, são eles: Tecidos, vestuário e calçados (-14,7%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-16,6%), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-21,3%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-27,0%). No que diz respeito aos subgrupos, verificam-se que as vendas de Eletrodomésticos e Hipermercados e supermercados cresceram 6,4% e 2,7%, respectivamente. Enquanto as de Móveis retraíram em 4,8%.

Os segmentos de Combustíveis e lubrificantes, Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos registraram as maiores influências positivas. O comportamento do primeiro é atribuído à deflação nos preços dos combustíveis.

De acordo com os dados do IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou nos meses de maio e junho de 2023, para o item Combustíveis (veículos) taxas de -8,63% e -1,3%, respectivamente, em Salvador, sendo um dos produtos que mais contribuíram para a deflação (-0,23%) verificada nesse mês na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

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