Mais de 400 aves resgatadas pela PRF foram recebidas pelo Cetas em Vitória da Conquista

Durante operação de fiscalização realizada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), nesta quarta-feira (9), na BR-116, em frente à sede operacional da PRF, em Vitória da Conquista, foram apreendidos cerca de 457 pássaros. Os animais foram encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), setor vinculado à Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma).

Conforme informações da PRF, entre os pássaros, havia exemplares das espécies popularmente conhecidas como “coleirinha”, “cristinha vermelho” e “canário-da-terra”. Devido às condições precárias em que estavam sendo transportados, 58 deles morreram. Os sobreviventes estavam em condições debilitadas e muitos apresentavam ferimentos.

Sob os cuidados do Cetas, os pássaros estão recebendo hidratação e alimentação suplementar, com vitaminas e sais minerais, e serão submetidos ao protocolo medicamentoso seguido pela equipe, o que inclui a aplicação de vermífugos antibióticos e medicamentos para combater doenças como a coccidiose. Serão feitas avaliações clínicas para verificar o estado geral de todos os pássaros.

“Eles chegaram sem água, desidratados e estressados. Foram colocados em recintos grandes, com muitos ramos, para diminuir o estresse, ambientar e protegê-los do frio”, explica o coordenador do Cetas, Aderbal Azevedo.

Os animais devem permanecer no Cetas até a equipe considerá-los totalmente reabilitados. Logo depois, serão devolvidos à natureza, em locais de ocorrência de cada uma das três espécies identificadas. “Eles poderão, inclusive, se possível, ser repatriados para São Paulo, local de origem e de onde foram capturados para serem traficados”, informa Aderbal.

Apreensão

Os pássaros foram apreendidos pela PRF num ônibus que vinha de Matão (SP) e estava a caminho de Garanhuns (PE) – um trajeto superior a 2 mil quilômetros. Eles estavam sendo transportados ilegalmente por dois homens que planejavam comercializá-los numa feira livre da cidade pernambucana. A dupla responderá na Justiça por crime contra o meio ambiente, previsto na Lei 9.605/98.

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