Mais uma reportagem da série Bahia Faz Ciência destacou trabalhos desenvolvidos por estudantes do Instituto Federal Baiano – Campus Guanambi. Desta vez, o projeto que chamou a atenção foi um sistema desenvolvido a partir de um cinto, equipado com dispositivo de detecção de quedas e rastreamento de localização, criado para garantir mais segurança a idosos.
Os responsáveis pelo desenvolvimento do equipamento são os (as) alunos (as) do curso técnico em Informática para Internet, Duílio Jéferson, Larissa Almeida, Maria Eduarda e Yasmim Freitas, sob a orientação do professor Woquiton Lima. O cinto foi elaborado usando o conceito de Internet das Coisas (IoT).
A série é uma iniciativa da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), criada em 8 de julho de 2019, no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019. O objetivo é destacar como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros. As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria e do Governo da Bahia.
A nova reportagem destaca que as quedas entre idosos representam uma preocupação crescente em todo o mundo, uma vez que podem resultar em lesões graves e complicações de saúde. Segundo o Ministério da Saúde, o índice é de uma queda a cada três pessoas com mais de 65 anos. Identificar de maneira rápida o acidente com um idoso é primordial para salvá-lo, e este é o principal objetivo do projeto.
A estudante Larissa Almeida explica quais são os funcionamentos da tecnologia desenvolvida pela equipe. “O sistema funciona a partir de um cinto equipado com um dispositivo de detecção de quedas e rastreamento de localização. As informações obtidas pelo dispositivo são enviadas pela internet para um website que criamos, permitindo que o cuidador do idoso receba notificações imediatas em caso de acidente, bem como monitore em tempo real a localização do idoso”.
Os alunos criaram o sistema porque identificaram que muitos idosos ficam sozinhos e que essa é uma maneira de seus responsáveis saberem o que está acontecendo em tempo real. “Um tombo pode ser fatal pelo fato de não haver alguém por perto para socorrê-los. Com nosso sistema, o responsável pelo idoso pode acompanhá-lo por meio da internet e receber notificações sempre que ocorrer uma queda. Assim, ele pode imediatamente mandar ajuda para o local”, afirma Larissa.
O professor Woquiton destacou à reportagem o impacto positivo que essas ideias têm na sociedade e na vida dos alunos. “É importante o apoio efetivo a projetos científicos que representam um divisor de águas na vida do estudante. É preciso cultivar ao longo de toda a jornada educacional, desde a infância até a pós-graduação, a cultura científica. Isso inclui a formação de indivíduos questionadores e curiosos, que buscam respostas para melhorar a vida das outras pessoas e contribuir para a comunidade em que estão inseridos”.
A equipe apresentou o protótipo da tecnologia na Tenda da Ciência, evento organizado pelo IFBaiano, e foi premiada com a Bolsa de Iniciação Científica Júnior (ICJ) pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Esta foi a terceira reportagem destacando os trabalho desenvolvidos pelos estudantes e apresentados em eventos. Na semana passada, o destaque foi para uma chocadeira de ovos automática, controlada remotamente. Já na semana anterior, o destaque foi o projeto desenvolvido por estudantes do Campus Guanambi para monitoramento em tempo real da qualidade da água de bebedouros públicos.
Veja a matéria completa no site do Governo da Bahia