O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), por meio do Centro Virtual para Avisos de Eventos Meteorológicos Severos no Sul da América do Sul (Alert-AS), atualizou na manhã desta quarta-feira (20), a situação da onda de calor, vigente no Brasil desde segunda-feira (18).
Agora, além de um novo alerta laranja, de perigo, também já há vigência de um alerta vermelho, de grande perigo, além de alertas amarelos e laranjas para baixa umidade na maior parte do país.
O novo alerta laranja abrange 1.070 municípios de uma faixa que inicia no Pará, passando por Tocantins, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Já o alerta laranja anterior que engloba 1.338 municípios foi substituído pelo vermelho, abrangendo os estados de Mato Grosso e São Paulo, além de partes do Mato Grosso, Tocantins, Goiás e Minas Gerais.
Os avisos meteorológicos vigentes indicam que a onda de calor deve ser bastante severa. Eles são válidos até o próximo domingo e devem se prorrogar durante o início da próxima semana por outras partes do país, inclusive áreas da Região Nordeste, principalmente da Bahia, onde o pico de temperatura está previsto para a próxima terça-feira (26).
Os modelos meteorológicos apontam para registros de temperaturas acima dos 45ºC em algumas localidades no início da próxima semana e temperaturas acima da média em quase todos os estados do Brasil.
A região da divisa do estado de São Paulo com o Mato Grosso do Sul, até a divisa com o Paraguai, deve ser a mais afetada. No entanto, é possível que localidades de todas as regiões do país tenham registros de temperaturas recordes nos próximos dias.
Onda de Calor
O Inmet informou que a onda de calor é promovida pelas condições de tempo predominantemente seco, com aumento da insolação, e favorecida pela subsidência atmosférica – quando a pressão atmosférica entre os níveis médios e a superfície aumenta, inibindo o desenvolvimento de nebulosidade, aumentando, também, a temperatura da massa de ar.
A configuração de um bloqueio atmosférico relacionado a este padrão de subsidência com o escoamento dos ventos em níveis superiores da atmosfera garante a persistência da onda de calor.
A intensificação do bloqueio atmosférico deve ocorrer entre quinta-feira e o fim de semana, com o amplo domínio de um centro de alta pressão atmosférica, que impedirá o avanço das frentes frias, além de promover o aquecimento e a diminuição da umidade do ar.
Apesar da prevalência de tempo seco em algumas áreas, dentro da onda de calor, podem ocorrer chuvas intensas localizadas. Vale ressaltar que os índices de calor se tornam mais críticos sob condições de umidade elevada, pois o organismo humano tem mais dificuldade de regular sua temperatura em situação persistente de calor úmido.