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Outubro deve terminar com mais calor e pouca chuva nas regiões de Barreiras, Guanambi e Vitória da Conquista

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As previsões meteorológicas indicam que as chuvas devem continuar concentradas no Sul e em parte do Centro-Oeste e Sudeste do país até o final de outubro. Já a Região Norte deve ter chuvas menos significativas, ainda não suficientes para recuperar os níveis dos rios, enquanto a maior parte do Nordeste deve ficar com pouca ou nenhuma precipitação.

Isso inclui as regiões de Barreiras, Guanambi e Vitória da Conquista, que devem continuar com paisagem seca até meados da primeira semana de novembro, quando a umidade poderá avançar com mais força sobre essas áreas.

Antes disso, no próximo fim de semana, áreas de instabilidade podem se formar sobre essas regiões e causar chuvas isoladas ou até temporais localizados. No entanto, os institutos apontam que não deve chover mais do que 10 milímetros (mm) nessas cidades. Os maiores volumes para o estado são esperados para as regiões de Salvador e Valença, que devem ficar abaixo dos 30 mm até a chegada do próximo mês.

As previsões indicam ainda que o calor deve se intensificar ao decorrer da semana, com novos registros de temperaturas próximas a 40ºC nos municípios da bacia do rio São Francisco e superiores a 34ºC no Planalto da Conquista, onde a altitude passa de mil metros em vários pontos.

Em Guanambi, à medida que os ventos forem diminuindo, o calor deve aumentar e as pancadas de chuvas devem ocorrer entre sexta-feira (27) e sábado (28). A partir de domingo, as temperaturas voltarão a subir, podendo passar de 41ºC novamente em cidades como Bom Jesus da Lapa, Ibotirama, Santa Maria da Vitória, entre outras.

Veja a previsão para os próximos dias

El Niño

O atraso no início do período chuvoso no Norte e Nordeste do país é reflexo do El Niño, cujas condições favorecem as chuvas mais ao Sul do país. No decorrer dos próximos dias, as regiões oeste do Paraná e Santa Catarina devem registrar novas ocorrências de chuvas expressivas.

Na última sexta-feira (20), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastre (Cenad) divulgaram o boletim nº 2 com o objetivo de apresentar o monitoramento, previsões e os possíveis impactos do El Niño no Brasil em 2023.

O documento é resultado do trabalho realizado em parceria pelos órgãos nacionais e oficiais sobre monitoramento, regulação do uso das águas, gestão de riscos e previsão do clima e tempo. Mensalmente, o conteúdo será atualizado para disponibilizar informações acerca do fenômeno e, assim, apoiar os órgãos federais e estaduais além de contribuir para a tomada de decisões governamentais referentes ao País.

De acordo com o boletim, desde junho de 2023 as condições observadas de temperatura da superfície do mar mostram um padrão típico do fenômeno El Niño. Este padrão se apresenta na forma de uma faixa de águas quentes em grande parte do Oceano Pacífico Equatorial que, próximo à costa da América do Sul, são superiores a 3°C. Desde agosto, essa região apresentou sinais de atividade convectiva anômala em associação ao desenvolvimento de nuvens profundas. Neste ano, um efeito do El Niño tem sido observado nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina com o maior volume de precipitação (chuva) acumulada.

Durante o mês de setembro, os volumes de precipitação acumulada foram superiores a 450 milímetros (mm) em alguns pontos. Na maior parte dos demais estados do País houve um déficit de precipitação, com destaque para a Região Norte onde foram observados déficits, principalmente, no centro-oeste da Região.

Já na primeira quinzena de outubro, estes maiores valores acumulados estiveram presentes entre o norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e centro-leste do Paraná, com valores superiores a 300 mm em alguns pontos. Apenas nos 19 primeiros dias do mês, algumas cidades registraram acumulados três vezes acima da média de outubro.

Em Palmeira das Missões (RS), o total de chuva no período foi de 485,2 mm, enquanto a média para todo o mês é de 157,6 mm. Situação parecida com Urussanga (SC), onde o total de chuva no período foi de 403,8 mm, valor muito acima da média para outubro que é de 122,3 mm. Considerando-se a previsão de anomalia de precipitação para o período de 1 mês (de 18 de outubro a 16 de novembro de 2023), há indicação de condições mais úmidas do que o normal em partes do noroeste do Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina, Paraná, centro-sul de Mato Grosso do Sul e alguns pontos dos estados da Região Sudeste.

Para as demais regiões do País a previsão indica o predomínio de condições mais secas do que o normal, com destaque para a região amazônica, principalmente no centro-leste da região, onde a influência do fenômeno El Niño é maior.

Para novembro, a previsão do armazenamento de água no solo, quando as chuvas previstas estão acima da média sobre a Região Sul, extremo noroeste e oeste da Região Norte, além de áreas da região central do Brasil, indica manutenção da umidade no solo, com valores maiores que 80% em algumas áreas.

Ressalta-se que, com a atuação do fenômeno El Niño, há probabilidade de ocorrência de grandes volumes de chuva que poderá contribuir para elevação dos níveis de água no solo, com valores superiores a 90%, ocasionando, inclusive, excedente hídrico na Região Sul do País.

Já as vazões naturais no rio Madeira em Porto Velho apresentam valores 51% abaixo da média para o mês (era 35% no último boletim), e no rio Xingú, 23% abaixo da média para o mês. O nível d’água em Porto Velho atingiu o mais baixo valor já registrado, desde 1967, levando a ANA a declarar situação crítica de escassez hídrica.

O nível d’água do rio Negro, em Manaus, também atingiu o menor valor já registrado, desde 1902. O armazenamento nos reservatórios do Sistema Interligado Nacional (SIN) teve pequena redução e atingiu 68,4%. Os principais reservatórios da Região Nordeste também tiveram pequena variação, permanecendo a situação crítica em pelo menos 12 sistemas hídricos locais regulados pela ANA.

Para acessar a íntegra do boletim nº 2 clique AQUI.

 

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