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Salvador, Itabuna e Feira de Santana têm as populações com maiores proporções de mulheres da Bahia

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As mulheres são maioria no Brasil. Os dados do Censo do Demográfico 2023, divulgados na última sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que o país tem 6 milhões a mais delas em relação aos homens.

Na Bahia, elas representam 51,66% dos 14,141 milhões de habitantes. Salvador tem a maior diferença, sendo que dos 2,418 milhões de habitantes, 1,315 milhão nasceram do sexo feminino, representando 54,4% da população. Os nascidos do sexo masculino são 1,102 milhão, equivalente a 45,6%.

Em termos proporcionais são 100 mulheres residentes em Salvador para cada 83,81 homens.

No interior, Itabuna é a cidade com maior diferença. O Censo indicou que a população feminina do município é de 99.826 (53,46%) e a masculina de 86.882 (46,54%). A razão é de 87,03 homens para cada 100 mulheres.

Feira de Santana aparece na sequência, com 329.253 mulheres (53,43%) e 287.019 homens (46,57%), razão de 87,13 para 100.

Cidades com maior proporção de mulheres da Bahia

CidadePopulaçãoFemininoMasculino% feminino
Salvador (BA)2.417.6781.315.2981.1023.8054,40%
Itabuna (BA)186.70899.82686.88253,47%
Feira de Santana (BA)616.272329.253287.01953,43%
Cruz das Almas (BA)60.34832.23428.11453,41%
Amélia Rodrigues (BA)24.13812.88111.25753,36%
Santo Antônio de Jesus (BA)103.05554.97048.08553,34%
Muritiba (BA)28.70715.30913.39853,33%
Catu (BA)48.14825.65522.49353,28%
Pojuca (BA)32.13617.09415.04253,19%
Alagoinhas (BA)151.05580.32070.73553,17%
Bahia14.141.6267.305.9406.835.68651,66%

 

Cidades com mais homens do que mulheres

Dos 417 municípios da Bahia, 166 têm mais homens do que mulheres. A maioria são cidades pequenas. Com mais de 50 mil habitantes, apenas Casa Nova e Luís Eduardo Magalhães aparecem na lista.

Na localidade do Extremo-Oeste são 514.115 (50,15%) de nascidos do sexo masculino e 53.794 (49,85%) do feminino. Já no município do Vale São-Franciscano são 36.961 (51,13%) homens e 35,225 (48,86%) mulheres.

O município com maior proporção entre homens e mulheres é Arataca, na Região de Camacam. Dos 10.191 habitantes, 5.379 (52,78%) são do sexo masculino e 4.812 (47,22%) do feminino.

CidadeTotalFemininoMasculino% masculino
Arataca (BA)10.1914.8125.37952,78%
Muquém do São Francisco (BA)10.4434.9405.50352,70%
Jucuruçu (BA)9.6554.5685.08752,69%
Ribeirão do Largo (BA)9.7404.6145.12652,63%
Santa Luzia (BA)13.8966.5967.30052,53%
Barra do Rocha (BA)5.7752.7583.01752,24%
Riachão das Neves (BA)21.64210.36311.27952,12%
Buritirama (BA)19.5899.38810.20152,08%
Vereda (BA)6.0032.8833.12051,97%
Catolândia (BA)3.4341.6521.78251,89%

 

Expectativa de vida explica diferença

Embora os homens sejam maioria entre os mais jovens, nas faixa de até 20 anos, a partir desta idade, as mulheres representam uma parcela maior da população. Uma das explicações para o fato é a expectativa de vida ao nascer maior, de 80,5 anos das pessoas do sexo feminino contra 73,6 do sexo masculino, de acordo com estudos

Os homens morrem mais pela violência, no trânsito e por doenças que poderiam ser prevenidas. Entretanto, fatores comportamentais, biológicos e sociais são determinantes para entender o motivo dos homens viverem menos.

Fatores que podem estar associados à maior expectativa de vida das mulheres:

  1. Biologia: Em geral, as mulheres possuem um sistema imunológico mais forte do que os homens, o que contribui para uma maior capacidade de defesa contra doenças. Os hormônios sexuais femininos, como os estrogênios, desempenham um papel na proteção contra certas doenças cardiovasculares e, por vezes, oferecem uma vantagem no sistema imunológico.
  2. Comportamento e Estilo de Vida: Em média, as mulheres costumam adotar comportamentos mais saudáveis do que os homens. Elas tendem a aderir mais a consultas médicas regulares, a se envolver mais em cuidados preventivos e a ter uma atitude mais consciente em relação à saúde. Além disso, há estudos que apontam que os homens costumam adotar comportamentos de risco com mais frequência, como tabagismo e consumo excessivo de álcool.
  3. Fatores Sociais e Culturais: As mulheres muitas vezes recebem um tratamento mais cuidadoso e têm uma rede de apoio social mais ativa. Além disso, nos últimos anos, o papel das mulheres na sociedade vem mudando, com muitas assumindo funções mais ativas no mercado de trabalho, o que proporciona independência financeira e autonomia na tomada de decisões em relação à própria saúde.
  4. Acesso à Saúde: Mulheres costumam buscar assistência médica com mais frequência e têm mais acesso a serviços de saúde preventivos, cuidados pré-natais e outros tratamentos específicos, como exames regulares, o que pode contribuir para diagnósticos precoces e, consequentemente, um tratamento mais eficaz em certos casos.

 

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