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Estudantes baianos transformam antenas parabólicas em fogão solar de baixo custo

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Tendo em vista que o custo do gás de cozinha representa uma preocupação significativa para inúmeras famílias, e com os frequentes reajustes que elevaram o valor médio do botijão de 13 kg de para uma faixa entre R$123 e R$125, os estudantes Alan Santos, Felipe Santos e Micael Marcelo dos Santos, do Centro Estadual de Educação Profissional do Chocolate Nelson Schaun, em Ilhéus, orientados por Geraldo Porto, desenvolveram um fogão solar.

Segundo o orientador, o fogão solar opera com base em princípios fundamentais da óptica geométrica: “o equipamento concentra a luz solar por meio de uma superfície côncava e espelhada. Esse design permite que os raios solares sejam direcionados e convergidos para um ponto focal específico, onde conseguimos, no ponto focal, a temperatura de aproximadamente 400 º C, suficiente para o cozimento de alimentos”.

De acordo com informações da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (Secti) para desenvolver o produto, a equipe usou materiais de baixo custo e que seriam descartados. “Utilizamos duas antenas parabólicas com um raio de, aproximadamente, 30 cm, que estavam sem uso e prestes a serem descartadas. Após a limpeza superficial nas duas antenas, lavamos e lixamos suas superfícies. O procedimento da primeira antena foi colocar uma manta espelhada em sua superfície fixada com cola adesiva. Já na segunda antena, polimos para que ficasse bastante reflexiva e espelhada, o que gerou melhor rendimento térmico”, explica.

Geraldo ressalta o impacto positivo que o fogão pode gerar para as comunidades: “a redução de custos associada ao projeto é crucial, aliviando o ônus financeiro de famílias com recursos limitados, que, muitas vezes, têm dificuldade em investir em métodos tradicionais de cozimento. Além disso, o empoderamento das comunidades é um aspecto significativo, uma vez que a proposta oferece uma solução prática e sustentável para o cozimento, reduzindo a dependência de métodos tradicionais mais caros”.

Foto: Reprodução/Secti

Nas próximas etapas, o grupo pretende aperfeiçoar o protótipo. “Queremos aprimorar ainda mais a eficiência do fogão solar parabólico, mantendo o compromisso com a acessibilidade para pessoas menos favorecidas. A principal área de foco será a melhoria do espelhamento, buscando otimizar a produtividade de energia térmica”, diz Geraldo.

O projeto conta com apoio da Secretaria de Educação da Bahia (SEC) e com a coparticipação dos professores Pablo Fernandes e Tatiana Pereira.

Bahia Faz Ciência

A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) estreou no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros.

As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria. Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail ascom@secti.ba.gov.br.

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