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Imagens de satélite mostram dimensão da estiagem na Região de Guanambi

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As imagens mais recentes fornecidas por satélites que fazem observações da terra mostram a dimensão da estiagem na Região de Guanambi. As fotografias deixam claro um imenso contraste quando comparadas com as capturadas no mesmo período do ano passado.

Os satélites Sentinel-2 passaram pela última vez nesta área da Bahia na última quinta-feira (7), quando se observou predominância de vegetação extremamente seca e solo descoberto pela falta de pastagens.

Em 7 de dezembro de 2022, assim como na maioria dos últimos anos, o cenário era completamente diferente, com toda vegetação já renovada após as chuvas volumosas dos meses anteriores. Esta condição é absolutamente normal para a região, que, embora semiárida, geralmente chega a dezembro com a umidade do solo e do ambiente em melhores níveis.

Algumas localidades na Região de Guanambi já estão há quase onze meses sem registar chuvas significativas. Onde choveu, os volumes não foram suficientes para mudar o cenário de seca, que persiste faltando pouco mais de uma semana para o fim da primavera e o início do verão.

Chuvas abaixo da média

No fim de agosto, um temporal fora de época surpreendeu ao cair sobre algumas áreas. No Centro da cidade, o acumulado medido pela Agência Sertão foi de 36 milímetros, porém, muitos lugares tiveram pouca ou nenhuma chuva. A essa altura, a disponibilidade de água no solo e nos pequenos reservatórios já era pequena por conta dos baixos volumes do começo do ano.

Em setembro não choveu e em outubro o acumulado foi de apenas 12 mm. Novembro começou com chuvas, porém elas ficaram escassas nas semanas seguintes e o acumulado foi de apenas 59 mm. Enquanto algumas localidades registraram volumes maiores, acima de 100 mm, em muitos lugares as chuvas foram irrisórias.

Além do atraso nas chuvas desta estação, o tempo também foi mais seco do que o comum no encerramento da temporada chuvosa passada. As precipitações cessaram na última semana de janeiro e só voltou a chover em abril, mesmo assim, de forma irregular, abaixo da média na maioria das localidades.

Além disso, a região passou por ondas de calor em sequência nos últimos meses, com máximas passando dos 40ºC por vários dias, aumentando a evapotranspirações e deixando o solo e os açudes e lagoas cada vez mais secos. Neste sábado (9), a máxima chegou a 41,1ºC em Bom Jesus da Lapa, a maior registrada no Brasil no dia pelas estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Previsões

As previsões continuam apontando para a possibilidade de chuvas generalizadas na região próximo à véspera do Natal. A expectativa é de que elas cheguem de forma suficiente para reverter o quadro na região.

Antes disso, podem ocorrer pancadas e temporais isolados, mas o calor deve continuar até que as chuvas cheguem definitivamente.

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