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Inmet divulgou Boletim Agroclimatológico com prognóstico para março, abril e maio

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Nesta sexta-feira, 8 de março, foi divulgado o Boletim Agroclimatológico Mensal do mês de marco, com a análise das condições climáticas observadas no Brasil em março, bem como as condições oceânicas observadas e suas tendências e o Prognóstico Agroclimático para o período: março, abril e maio de 2024.

O boletim tem como objetivo levar aos usuários informação meteorológica direcionada às atividades do campo. Na quinta-feira (7), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) também divulgou um novo boletim de acompanhamento do El Niño.

A previsão climática produzida com o método objetivo, de multimodelo – cooperação do Inmet com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), indica predomínio de chuvas abaixo da média climatológica em áreas do Amapá, noroeste e leste do Amazonas, Pará e Tocantins, ainda por consequência dos impactos que o El Niño pode causar na região. Em áreas do Acre, sudoeste do Amazonas e Roraima estão previstas chuvas próximas ou ligeiramente acima da média.

Em relação à temperatura média do ar, o prognóstico é de que deverá prevalecer acima da climatologia em toda a região, mas entre os meses de abril e maio, há possibilidade de temperaturas mais amenas em consequência do retorno das chuvas.

A previsão indica uma redução dos níveis de umidade no solo em localidades do sul da região amazônica nos próximos meses, principalmente em maio/2024. Já no extremo norte, os valores de armazenamento de água no solo tendem a se recuperar (Figuras 5a, 5b e 5c).

Região Nordeste

A previsão por conjunto indica chuvas abaixo da média na parte centro-norte da região, principalmente em áreas do Maranhão, Piauí e Ceará (figura 4a). Essa condição está associada ao maior aquecimento na bacia do Atlântico Norte, fazendo com que a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) se afaste da faixa norte do País. A ZCIT se configura como o principal sistema meteorológico nesta época do ano na região. Chuvas acima da média também estão previstas para o estado da Bahia.

Quanto a temperatura do ar, deve ficar acima da média histórica em todo o seu território mas principalmente no centro-norte da região.

A previsão indica que os níveis de água no solo ainda permanecerão baixos em algumas localidades da parte centro-leste da Região Nordeste (Figuras 5a e 5b). Já em áreas do Maranhão, Piauí, Ceará e extremos oeste da Bahia, a previsão indica uma redução dos níveis de umidade no solo, principalmente durante o mês de maio/2024.

Condições observadas em fevereiro

De acordo com o documento, durante o mês de fevereiro, foram observados acumulados de chuva acima de 150 mm em grande parte do País, principalmente no oeste e nordeste da Região Norte, bem como no noroeste da Região Nordeste, contribuindo para a manutenção da umidade do solo nessas áreas. Já em áreas do leste da Região Nordeste, norte de Roraima e sul do Rio Grande do Sul, menores acumulados de chuvas foram observados, mantendo os níveis de umidade do solo ainda baixos.

Em grande parte da Região Norte, os volumes de chuva foram superiores a 150 mm, principalmente no sudoeste do Amazonas, nordeste do Pará e Acre, onde os volumes de chuva ultrapassaram os 300 mm. Destaque para as estações meteorológicas de Lábrea (AM) onde choveu 574,2 mm e Cametá (PA) com 494 mm. De modo geral, os níveis de armazenamento hídrico do solo encontram-se elevados, exceto no norte de Roraima, onde os níveis de umidade no solo ainda continuam baixos, devido à falta de chuva nos últimos meses.

Já na Região Nordeste, os maiores volumes de chuva foram observados em áreas da Maranhão, Piauí e Ceará, com valores superiores a 300 mm, como foi o caso de São João do Piauí (PI), onde choveu 539,2 mm, Turiaçu (MA) com 527,2 mm e Fortaleza (CE) com 488 mm. Este cenário contribuiu para a manutenção da umidade no solo e o desenvolvimento das lavouras. Na parte leste da região, os acumulados de chuva foram inferiores a 100 mm e em algumas localidades os níveis de umidade no solo ainda continuam baixos.

Veja a edição completa do novo Boletim Agroclimatológico Mensal.

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