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Religião

Terreiro de candomblé denunciou destruição de área sagrada em Caetité

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Tiago Marques
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Uma área usada há mais de 30 anos pela terreiro de candomblé Ilé Àṣẹ Ojú Oòrùn, em Caetité, foi devastada por um trator na tarde desta quarta-feira, 13 de março, dia consagrado pela comunidade candomblecista a Oya.

A denúncia foi feita pelas redes sociais da entidade, que diz ter sofrido um duro golpe de intolerância religiosa, racismo religioso, invasão a seu patrimônio religioso, destruição de símbolos religiosos e ataque à biodiversidade.

De acordo com a publicação, no terreno possuía uma pequena mata, considerada sagrada e conservada pela comunidade para louvar os Orixás, com deposito de ebós e oferendas e para coletar as folhas ritualísticas e fitoterápicas. Uma pequena edificação construída no local permaneceu intacta devido à interferência de pessoas que impediram o avanço das máquinas.

O Àṣẹ Ojú Oòrùn informou ainda que ocupou o espaço em 1991, ano de sua fundação e, conforme as autoridades da época, aquelas eram terras públicas passiveis de serem doadas à Associação mantenedora do Ilé Àṣẹ. No entanto, as promessas de doação não se concretizaram.

Por fim, a entidade religiosa pediu socorro à comunidade e apoio às autoridades e entidades públicas e privadas para que atos que ataquem as manifestações religiosas não se repitam em Caetité.

Representantes da Pastoral da Terra, da Igreja Católica, compareceram ao local para prestar solidariedade aos membros do terreiro.

À reportagem da Agência Sertão, um representante da Prefeitura de Caetité disse que a área não é pública e que há uma autorização para parcelamento do solo vigente desde 2024.

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Veja a nota do Ilé Àṣẹ Ojú Oòrùn

Nessa quarta-feira, dia 13 março de 2024, dia consagrado a Ọya, o, morada eterna de Ọya, na cidade Caetité – Estado da Bahia – sofreu um duro golpe de intolerância religiosa, racismo religioso, invasão a seu patrimônio religioso, destruição de símbolos religiosos e ataque a biodiversidade e aniquilamento de uma pequena mata sagrada e conservada pela comunidade para louvar os ORIXÁS (depositando ebós e oferendas) e para coletar as folhas ritualísticas e fitoterápicas. Esse espaço do terreiro era a morada do Èṣù Igbó que teve seu assentamento arrastado pelo trator. Além do mais, é nesse espaço onde está localizada a pequena casa do Bàbá Egum Ikulainá.

Ainda impactados, pedimos SOCORRO à sociedade e, em especia, às entidades constituídas (públicas e privadas) para que nos ajudem a combater esse mal que assola o nosso solo sagrado. Apesar de conhecer os nossos direitos, fomos surpreendidos com uma falsa promessa de uma suposta regularização fundiária das terras.

Como é do conhecimento geral, o Ilé Àṣẹ Ojú Oòrùn está naquelas terras desde 1991, quando de sua fundação e, conforme as autoridades da época, aquelas eram terras públicas passiveis de serem doadas à Associação mantenedora do Ilé Àṣẹ.

Copiamos, neste PEDIDO DE SOCORRO, a Prefeitura Municipal de Caetité e suas Secretarias, a Câmara Municipal de Caetité, o Ministério Público, a Defensoria Pública, as Comunidades de Àṣẹ da Bahia, do Brasil e do Mundo e toda a sociedade sensibilizadas com as causas afro-brasileiras e ambientais.

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Esta postagem foi publicada em 14 de março de 2024 22:13

Tiago Marques

Tiago Marques é redator e editor do site Agência Sertão. Trabalha com produção de conteúdo noticioso para rádio e internet desde 2015.

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Tiago Marques
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