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Coral verdadeira albina rara foi registrada no Brasil

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Um exemplar raro de cobra-coral verdadeira (Micrurus cf hemprichii) foi registrada por um morador do município de Espigão D’Oeste, no estado de Rondônia. O registro foi feito por Fábio Oliveira, que divulgou as imagens nas redes sociais.

A serpente tem cor predominante branca, com alguns anéis vermelhos espalhados pelo corpo. O animal, que não foi morto e nem capturado, seguiu seu caminho pela vegetação do local.

De acordo com o biólogo Henrique Abrahão Charles, influenciador digital da área ambiental, as imagens desta espécie específica, com estas características, podem ser consideradas um registro extremamente raro na natureza. No vídeo publicado em seus canais, ele mostra uma foto de uma outra coral albina, de espécie Micrurus lemniscatus, de colocação branca com aneis rosados.

“Isto é um registro único, não tenho conhecimento de que alguma coral desta espécie, com esta coloração, tenha sido filmada, fotografada e registrada nos catálogos de taxonomia”, comentou em um vídeo publicado em suas redes sociais.

Ele disse à reportagem da Agência Sertão que as cobras corais possuem uma infinidade de variação de cores, e que neste caso, provavelmente, houve uma mutação genética que impediu a produção de melanina, o pigmento responsável pela cor escura, condições do albinismo.

Ele ressaltou ainda que as corais verdadeiras possuem uma das peçonhas mais letais existente entre as serpentes, no entanto, apesar de sua distribuição em todas as regiões do Brasil, o número de acidentes é pequeno em relação a outras cobras, como as jararacas e cascavéis. Isto por conta do temperamento das corais, que dificilmente atacam seres humanos sem que sejam molestadas. Já as outras duas espécies, são animais mais reativos.

Por fim, o biólogo ressaltou que existem muitas espécies de corais falsas, sem peçonha, no entanto, a identificação destas serpentes exige muito cuidado e experiência, pois não há uma regra clara sobre padrões de cores. Ele disse que matar ou tentar capturar serpentes nunca é uma boa escolha, pois há riscos tanto para as pessoas quanto para os animais. O recomendado, em caso de aparecimento em lugares habitados, é acionar o Corpo de Bombeiros ou algum órgão ambiental.

Um exemplo de manejo inadequado com estes animais aconteceu no ano de 2019, na cidade de Caetité, na Bahia. À época, um homem acabou morrendo horas após ser picado por uma coral que manipulava com as mãos, sem nenhum tipo de proteção. A cena foi gravada e publicada nas redes sociais, repercutindo muito à época.

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