Prefeito de Riacho de Santana renunciou ao cargo

Por meio de um ofício enviado à Câmara de Vereadores e de um pronunciamento em vídeo, publicado nas redes sociais oficiais na noite desta sexta-feira, 5 de abril, o prefeito de Riacho de Santana, Tito Eugênio Cardoso de Castro, renunciou ao cargo.

Na gravação, o agora ex-prefeito leu um discurso ressaltando suas ações à frente do comando da prefeitura e desejou sucessos ao seu sucessor. No entanto, nos quase oito minutos de pronunciamento, os motivos da renúncia não foram esclarecidas.

Até o final do ano, a Prefeitura de Riacho de Santana será comandada pelo então vice-prefeito, o médico João Vitor Martins Laranjeira. Ele será empossado em sessão da Câmara Municipal, convocada para a próxima segunda-feira (8). “Preciso compartilhar como vocês, um novo capítulo na minha história”, disse Tito no início de sua fala.

Tito Eugênio estava em seu sexto mandato à frente do executivo municipal de Riacho de Santana. Ele foi prefeito entre os anos de 1989 a 1992, voltando ao cargo para dois mandatos consecutivos entre 1997 e 2004, e para mais dois mandatos entre 2009 e 2016.

Nas última eleição, em 2020, Tito foi eleito novamente, pelo PP, com 48,63%, derrotando o ex-prefeito Paulo Sérgio Gondim Castro, do PL, que obteve 43,37% dos votos, e a servidora pública estadual Bete Costa, do PT, que teve 8% dos votos.

Em 2016, antes do fim de seu quinto mandato, Tito Eugênio foi preso pela Polícia Federal no desdobramento de uma operação que apurava fraudes na contratação de empresas para prestar o serviço de transporte escolar. A operação foi batizada de “Operação Imperador”, em referência ao nome do prefeito, que remete aos nomes de dois imperadores romanos.

Tito foi afastado e preso em maio daquele ano e só ganhou liberdade no final de dezembro, quando retornou à cidade e foi recebido com festa e fogos de artifícios por um grupo de moradores.

Por conta das irregularidades na contratação do transporte escolar, Tito foi condenado pela Justiça Federal em 2019. No ano passado, o Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que ele devolvesse R$ 3,7 milhões aos cofres públicos e ainda aplicou uma multa de R$ 40 mil.

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