Morador registrou Jiboia arco-íris atravessando estrada na Região de Guanambi

Uma Jiboia arco-íris da Caatinga (Epicrates cenchria assisi) foi filmada por um morador do município de Candiba, na Região de Guanambi. O animal com mais de um metro de comprimento chama a atenção pelas cores e desenhos variados em sua pele.

O registro foi feito nesta terça-feira, 30 de abril, pelo advogado Deusemar Reis, enquanto trafegava por uma estrada vicinal na região da Fazenda Lopes, na zona rural do município. Ao perceber a travessia da cobra, ele desviou, parou o carro e desceu para registrar mais de perto.

Em uma publicação em sua rede social, Deusemar falou sobre a importância de preservar estes animais. “É importante promover a conservação e proteção destas incríveis serpentes em seu habitat natural”, comentou.

As jiboias arco-íris diferem das jiboias comuns (Boa constrictor) não só pelas cores, mas também pelo tamanho. Geralmente são bem menores, com comprimento máximo de 1,8 metros e peso inferior a 3 quilos, enquanto a outra espécie pode chegar a 3 metros e pesar mais de 15 quilos.

Elas estão presentes e em todos os biomas da América Central e da América do Sul, possuindo características diferentes de cores e manchas em cada local de ocorrência. A espécie endêmica da Caatinga, especificamente, está distribuída desde o Norte de Minas Gerais, até a Paraíba.

Devido à sua beleza e por serem consideradas dóceis, as espécies de Jiboias arco-íris estão entre as serpentes mais usadas como animais de estimação no Brasil e em outros países. No entanto, é importante ressaltar que somente cobras oriundas de criadouros legalizados podem ser criadas como pet, e que a retirada de animais silvestres da natureza é considerado um crime ambiental.

Importante ressaltar também que as jiboias não são peçonhentas, possuindo uma dentição áglifa, o que significa que elas não têm presas para inocular veneno.

Em vez disso, esses animais subjugam suas presas por meio da constrição. Na natureza, sua dieta consiste principalmente em pequenos roedores e aves, que capturam usando sua força e agilidade. Esta técnica de caça permite que as jiboias controlem e consumam suas presas de maneira eficaz, sem a necessidade de veneno.

Para seres humanos e animais de grande porte, elas não representam risco, podendo eventualmente atacar animais domésticos de pequeno porte. Mesmo assim, o manuseio por pessoas não treinadas não é recomendado, pois além de colocar em risco a integridade do animal, elas podem dar botes por instinto de defesa e causar ferimentos.

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