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Estudantes de Barreiras desenvolvem repelente a base de planta do cerrado

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A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti) informou nesta segunda-feira (13) que uma pesquisa realizada pela Organis, entidade sem fins lucrativos que promove práticas orgânicas, constatou que, entre 2019 e 2021, o Nordeste teve um aumento significativo de 60% no consumo de orgânicos no país.

De acordo com a Secti, pensando nisso, as mentes empreendedoras de Bruna Santos e Victor Lopes, estudantes do Colégio Estadual Herculano Faria, na cidade de Barreiras, iniciaram estudos em busca de um potencial repelente a partir de extratos de jatobá, a fim de explorar a produção sustentável.

A orientadora da equipe, Aline Alves, explica que o projeto foi desenvolvido na feira de ciências da escola com o intuito de valorizar o cerrado.

“Através de pesquisas, eles conheceram plantas do nosso bioma local e interessaram-se em estudar mais sobre o jatobá, uma planta significativa para a nossa região, em especial para Barreiras”, conta.

A fabricação do produto foi pensada a partir de uma metodologia acessível, garantindo que a comercialização seja de baixo custo. “Para a análise, preparamos extratos aquosos das folhas e frutos do jatobá.

Já durante o teste de repelente, adaptamos a metodologia utilizando pedaços de alimentos pulverizados com extrato das folhas e extrato dos frutos, dispostos em diferentes ambientes do domicílio”, explica Aline.

A professora afirma que, além de propriedades medicinais, a casca e as folhas do jatobá contêm substâncias como terpenos, taninos e glicosídeos, permitindo o uso do produto como fungicida e repelente contra algumas pragas agrícolas.

“O repelente pode ser utilizado de modo preventivo em comunidades rurais por pequenos produtores agrícolas, já que possui baixo custo e fácil manejo. O resultado disso é uma possível contribuição no direcionamento de medidas sustentáveis contra patologias causadas por insetos”, enfatiza.

O produto, que está em fase de desenvolvimento, estimula os jovens cientistas a estudarem novas possibilidades de utilização. “São sugeridas mais aprendizagens para a avaliação do uso na saúde humana e nas culturas agrícolas”, conclui a professora.

O projeto é desenvolvido no Programa Ciência na Escola, da Secretaria da Educação (SEC), e recebe contribuição do Núcleo Territorial de Educação (NTE 11).

Bahia Faz Ciência

A Secti estreou no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, 8 de julho de 2019, uma série de reportagens sobre como pesquisadores e cientistas baianos desenvolvem trabalhos em ciência, tecnologia e inovação de forma a contribuir com a melhoria de vida da população em temas importantes como saúde, educação, segurança, dentre outros.

As matérias são divulgadas semanalmente, sempre às segundas-feiras, para a mídia baiana, e estão disponíveis no site e redes sociais da Secretaria.

Se você conhece algum assunto que poderia virar pauta deste projeto, as recomendações podem ser feitas através do e-mail ascom@secti.ba.gov.br.

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