Carinhanha será uma das sedes da campanha “Eu Viro Carranca para defender o Velho Chico”

Com 114 anos, a cidade ribeirinha de Carinhanha, no oeste baiano, vai sediar a 11ª edição da Campanha Eu Viro Carranca para Defender o Velho Chico. Distante da capital há 784 km, o município de 29 mil habitantes tem suas raízes formadas através dos povos indígenas.

Segundo a história, os primeiros habitantes de Carinhanha foram indígenas da etnia caiapós. Anos depois, o local tornou-se um centro de intercâmbio entre a Bahia e o estado de Minas Gerais, com quem faz divisa. Na sua fundação, alguns queriam batizar a cidade com o nome de “Carunhanha”, que significa “loca de sapo”.

Carinhanha, então, segundo relatos, deriva do nome de uma indígena chamada Nhanha, com a junção de peixe, que na língua indígena é carí.

Foto: Ricardo Pinelli/ CBHSF

Os rios Pituba e Carinhanha constituem uma importante fonte de alimentação da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco em sua margem esquerda, sendo responsável por grande parte do seu aporte hídrico no Estado da Bahia.

Um dos atrativos, a ponte sobre o São Francisco, liga a cidade à Malhada e marca o encontro dos dois rios: São Francisco e Carinhanha. O município tem no comércio e no serviço público suas principais atividades, mas a pesca e a lavoura já foram marcas muito presentes na economia local.

Carinhanha é também exportadora de frutas. Na praia do Pontal é possível estar nos dois rios o mesmo tempo, onde as águas não se misturam e é possível ver sua diferença pela cor.

No entorno da Praça da Matriz, igreja católica, ainda existem construções antigas como a antiga Casa do Careta, construída no início do século XX. Hoje o espaço abriga a Secretaria Municipal da Cultura. No museu Casarão das Artes, situado na Praça do Cais, os artesãos locais expõem suas peças.

“Temos muita cultura na região: o bumba meu boi, contradança, terno de reis, caboclos, cavalgadas, pega de boi no mato, blocos de carnaval de mulheres com 52 anos de existência na cidade, músicos, instrumentistas, escritores e eu sou uma, poetas.

Em julho, acontece a tradicional festa Encontro das Águas e dos Amigos, que recebe esse nome porque é a celebração do encontro dos rios e dos amigos que, nesta época do ano, retornam à cidade para encontrar seus familiares e conterrâneos”, afirma a agente de Desenvolvimento, Sil Fogaça.

Fonte: Assessoria de Comunicação do CBHSF

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