Paris 2024: Brasil comemora feito histórico na ginástica artística

Investimentos colocam o país no topo em uma modalidade na qual não tinha tradição

A equipe brasileira de ginastas, liderada pela atleta Rebeca Andrade, brilhou na última terça-feira 29 de julho, em Paris, conquistando o primeiro bronze por equipes histórico na modalidade. A equipe formada por Jade Barbosa, Rebeca Andrade, Lorrane Oliveira, Flavia Saraiva e Julia Soares fez história, e recebeu um prêmio também inédito de R$ 280 mil –  valor estabelecido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB).

Desde a edição anterior das Olimpíadas, o COB aumentou em 40% as premiações para os medalhistas das Olimpíadas de Paris 2024, atingindo a cifra de  R$ 7 milhões no total. De acordo com rankings internacionais, o prêmio pago pelo Brasil para a medalha de ouro está na 15ª posição comparado aos outros países participantes. A Sérvia figura como o país com a premiação mais alta, e a França, anfitriã dos Jogos Olímpicos de 2024, ocupa a 11ª posição no ranking.

Nem só talento

O Presidente do COB, Paulo Wanderley Teixeira, acredita que o aumento nas premiações é uma maneira de reconhecer o trabalho e talento dos atletas, mas garante que os investimentos não param por aí. A contratação de técnicos qualificados – incluindo profissionais especializados em saúde mental-, a instalação de infraestrutura mais adequadas para os treinos, o desenvolvimento de políticas voltada para o incentivo das mulheres no esporte, e a conquista de um número recorde de patrocínios oficiais para o Time Brasil, somados aos talentos, tornam as Olimpíadas de Paris 2024 aquela com a maior expectativa de recorde de medalhas brasileiras.

“O objetivo é superar Tóquio. Criamos uma estratégia para isso e estamos acompanhando os mundiais de cada modalidade, além de observarmos os resultados dos Pan-­Americanos de 2023, em que tivemos a melhor performance da historia”, diz Paulo Wanderley Teixeira.

Oportunidade

Com tanto otimismo rondando os jogos Olímpicos, a tendência é de recordes também no número de apostas esportivas. De acordo com a XP Investimentos, os sites de apostas esportivas movimentaram até R$ 120 bilhões em 2023. E a previsão é de que 2024 supere este número.

Num país em que cerca de 15% da população confessa que já “fez uma fezinha” (fazer uma aposta), sites especializados como o Sportsbet.io oferecem monitoramento das odds dinâmicas das apostas (probabilidades de resultados) ao vivo durante os Jogos Olímpicos de Verão de 2024.

Futebol, atletismo e natação costumam ser as modalidades mais procuradas pelos apostadores, mas com o Brasil levando estrelas ao pódio da ginástica artística, skate, surf, e outros esportes, o público poderá intensificar e diversificar suas “fezinhas”.

O futuro da ginástica artística

Para as atletas brasileiras da ginástica artística, subir em pódios de campeonatos internacionais não era algo novo. Com variado histórico de vitórias, o Brasil não havia alcançado ainda a conquista para o grupo, feito que torna o país um dos favoritos para as próximas Olimpíadas de 2028 em Los Angeles.

Rebeca Andrade, a quem a Simone Biles, a ginasta mais condecorada da história, se refere como a atleta a quem ela mais teme, é cautelosa ao falar sobre o futuro. “Uma hora o esporte se encerra. Faz parte da vida. É um ciclo. Eu aceito isso super bem. Vamos ver o que o futuro vai preparar para a gente. Espero que a gente continue sendo referência mesmo quando a gente não fizer mais ginástica.”

O legado deste acontecimento histórico para o esporte brasileiro ainda vai reverberar por muito tempo, impactando investimentos de longo prazo e influenciando novas gerações de atletas. Rebeca, Jade, Lorrane, Flavia e Julia entram para a história do esporte brasileiro como exemplos de profissionalismo e superação, e também como as responsáveis por alçar a ginástica artística brasileira aos mais altos patamares esportivos internacionais.

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