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Negação familiar para doação de órgãos na Bahia é de 60%

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Doar órgãos é uma maneira eficaz de salvar vidas. Este foi o principal lema da caminhada realizada neste domingo, 1º de setembro, organizada por membros da Central de Transplantes da Bahia, que foi do Farol da Barra ao Cristo, em Salvador.

Médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde se dedicaram a conscientizar os pedestres e os praticantes de atividades físicas na orla da Barra durante a manhã. A iniciativa, que também ofereceu medição da pressão arterial e níveis de glicemia, faz parte da campanha Setembro Verde, voltada para a sensibilização sobre a doação de órgãos.

De acordo com os dados do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), a recusa em realizar doações é significativa, atingindo cerca de 60% das famílias de pessoas que falecem diariamente no estado. A lista de espera por transplantes já conta com mais de 3 mil pacientes necessitando de rim, fígado, córneas e outros órgãos.

“Nosso objetivo é sensibilizar a população, enfatizando que esse gesto é capaz de salvar vidas,” afirma Regina Vasconcelos, coordenadora da Central de Transplantes da Bahia, vinculada à Secretaria de Saúde do Estado. Ela acrescenta que um “sim” não só salva vidas, mas também proporciona uma melhor qualidade de vida aos beneficiários.

Na Bahia, são realizados transplantes de fígado em hospitais como o São Rafael e Português, transplantes de rim nos hospitais Ana Nery, Roberto Santos, Português, Aliança e CárdioPulmonar, além de unidades em Vitória da Conquista e Feira de Santana. O transplante de córnea é feito no Hospital das Clínicas, Ipoc e em outras localidades como Feira de Santana e Vitória da Conquista.

Cenário da doação de órgãos na Bahia:

De janeiro a julho deste ano, o estado realizou 593 captações de órgãos e tecidos (córneas), representando um aumento de 24% em comparação ao mesmo período de 2023, quando foram 479. Por outro lado, a lista de espera por novos órgãos cresceu consideravelmente, passando de 2.930 para 3.436 pacientes.

Desses, 1.878 aguardam por um rim, como é o caso do senhor Edson da Silva, que, há três anos, espera ansiosamente por um transplante. Ele menciona a máquina de hemodiálise que utiliza, um processo vital de filtragem sanguínea que precisa fazer três vezes na semana, passando quatro horas em cada sessão no Hospital Geral Roberto Santos.

O médico Eraldo Moura, coordenador do Sistema Estadual de Transplantes, atribui esse aumento no número de pacientes à maior acessibilidade ao serviço e à difusão de informações que incentivam as pessoas a buscar tratamento. Ele destaca que a mobilização contínua da sociedade é fundamental para reduzir essa fila de espera.

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