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Nova espécie de bagre foi encontrada na bacia do rio São Francisco

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Uma nova espécie de bagre, pertencente ao gênero Cambeva, foi recentemente descrita por pesquisadores de diversas universidades brasileiras. O peixe, denominado Cambeva damnata, foi coletado em riachos da bacia do Rio São Francisco, na região da Serra do Espinhaço, mais precisamente no Rio das Velhas.

A descoberta foi publicada em 26 de agosto e contou com a colaboração de cientistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal do Tocantins (UFT), Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e da Faculdade Eduvale de Avaré.

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Foto: Divulgação/Axel Katz
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O Cambeva damnata possui uma coloração cinza-amarelada com grandes manchas marrom-escuras de formato irregular. Os espécimes foram encontrados no Córrego do Jambreiro, em Nova Lima (MG), e no Ribeirão da Prata, localizado em Raposos (MG), ambos na região do Cerrado. A espécie chama a atenção por seu padrão de coloração e por pontos dourados visíveis no dorso.

As áreas onde a nova espécie foi encontrada enfrentam sérias ameaças ambientais. O Córrego do Jambreiro, por exemplo, está situado em uma região sujeita à intensa atividade minerária, o que provoca assoreamento, destruição da vegetação ciliar e contaminação dos recursos hídricos. Já na área do Ribeirão da Prata, a principal ameaça é a expansão urbana, o que pode colocar a espécie em risco de extinção.

Axel Katz, pesquisador da UFRJ destaca que “são pequenos bagres com no máximo uns sete centímetros, não apresentam escamas e sua pele é bem escorregadia. Gostam de ficar entre o cascalho, em trechos com maior fluxo de água, e o que chama mais a atenção são os pontos dourados que são visíveis no dorso deles, além de um padrão de colorido que lembra muito um quadriculado.” Além de Katz, participaram do estudo outros pesquisadores, como Wilson Costa, Valter Azevedo, Felipe Polivanov e Paulo Vilardo.

Os cientistas enfatizam a importância da conservação das nascentes e da proteção da mata ciliar na bacia do Rio das Velhas para garantir a sobrevivência da nova espécie. Além disso, defendem a necessidade de limitar a intervenção humana nos rios, uma vez que essas ações podem comprometer o habitat de espécies mais sensíveis, como o Cambeva damnata.

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