Até o final de julho, o Banco Central (BC) revelou que R$ 8,56 bilhões em recursos ainda não foram sacados pelos brasileiros. O Sistema de Valores a Receber (SVR) já devolveu R$ 7,67 bilhões, de um total de R$ 16,23 bilhões disponibilizados pelas instituições financeiras.
Esses dados são divulgados com um atraso de dois meses, refletindo a situação atual dos correntistas em relação ao resgate de valores esquecidos.
Segundo a Agência Brasil, um total de 41.878.403 pessoas físicas e 3.611.412 pessoas jurídicas ainda não realizaram o saque. A maior parte dos valores não sacados refere-se a quantias pequenas.
Os valores de até R$ 10 correspondem a 63,01% dos beneficiários, enquanto aqueles entre R$ 10,01 e R$ 100 representam 25,32%. As quantias entre R$ 100,01 e R$ 1 mil abrangem 9,88% dos correntistas, e apenas 1,78% têm direito a mais de R$ 1 mil.
O SVR foi reaberto em março de 2023 após quase um ano fora do ar, e em julho, os resgates somaram R$ 280 milhões, um aumento em relação aos R$ 270 milhões do mês anterior.
A nova fase do SVR implementou melhorias como impressão de telas e protocolos de solicitação via WhatsApp, uma sala de espera virtual permitindo consultas no mesmo dia e herdeiros e representantes legais podendo consultar valores de pessoas falecidas, obtendo informações sobre a instituição responsável e a faixa de valor.
Desde 3 de outubro, o Banco Central autorizou a consulta de valores para empresas encerradas, embora o resgate exija que o representante legal envie a documentação necessária à instituição financeira.
O BC alerta sobre golpes de estelionatários que se oferecem para intermediar resgates, reforçando que todos os serviços do SVR são gratuitos e que apenas instituições financeiras listadas podem contatar os cidadãos. O órgão também orienta que não se compartilhem senhas ou informações pessoais.