Os professores das Universidades Estaduais da Bahia aprovaram, nesta segunda-feira, 16 de setembro, o estado de greve. A medida foi adotada pela categoria como uma forma de pressionar o governo estadual, que deverá apresentar uma nova proposta de negociação salarial na próxima quinta-feira (19).
A decisão foi tomada após assembleias realizadas pelas associações docentes das universidades, que sinalizam a possibilidade de uma greve por tempo indeterminado, caso as negociações não avancem.
Na Universidade Estadual da Bahia (Uneb), os docentes demonstraram indignação com a proposta anterior do governo, que oferecia um reajuste salarial de 3,5% acima da inflação até dezembro de 2026, dividido em três parcelas de 1,15%.
A Aduneb, seção sindical que representa a classe, afirma que as perdas salariais acumuladas desde 2015 chegam a 35%, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Além da questão salarial, os professores também reivindicam melhorias nas condições de trabalho, como promoções, progressões e adicionais de insalubridade.
Os dirigentes sindicais ressaltaram que a categoria está no limite e que a greve pode ser deflagrada se a nova proposta do governo não for satisfatória. Uma nova assembleia está agendada para o dia 23 de setembro para avaliar os resultados da negociação.
Na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), com campi em Vitória da Conquista, Jequié e Itapetinga, os professores também decidiram pelo estado de greve até o dia 23 de setembro.
Na assembleia, a maioria dos docentes votou contra a deflagração imediata da greve, mas aprovou a adoção do estado de greve para aguardar as negociações com o governo. Uma nova rodada de assembleias será realizada no dia 24 para avaliar a proposta apresentada pelo governo.
Além da Uneb e Uesb, os docentes da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) também aprovaram o estado de greve, reforçando a mobilização conjunta das universidades estaduais baianas.
A reunião de quinta-feira (19) entre os representantes do Fórum das Associações Docentes e o governo será decisiva para o futuro do movimento. =
Servidores terceirizados da Uesb cruzam os braços por falta de pagamentos
De acordo com o site avoador.com.br, deste a última quarta-feira (11), funcionários terceirizados da Uesb entraram em greve alegando o descumprimento de direitos trabalhistas. Os 40 trabalhadores são contratados das empresas A7 e Positiva, responsáveis pela limpeza e serviços de apoio administrativo e jardinagem.
Ainda segundo o site, o movimento busca a regularização do salário e dos vales transporte e alimentação que estão atrasados há dois meses.