Nesta quarta-feira, 18 de setembro, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou o prognóstico climático para a primavera de 2024, com previsão de chuvas abaixo da média histórica em grande parte da Região Nordeste.
A estação, que se inicia oficialmente no domingo (22) às 09h44, deve ser marcada por condições climáticas variadas em todo o país, com a possibilidade de transição para o fenômeno La Niña, que poderá impactar o clima nos próximos meses.
No Nordeste, a previsão indica que a chuva ficará abaixo da média climatológica, principalmente no centro-sul dos estados do Maranhão e Piauí. Com o fim do período chuvoso na faixa leste da região, os volumes de precipitação também deverão ser menores, exceto no sudeste da Bahia, onde há expectativa de chuvas próximas ou acima da média.
Além da previsão de baixa precipitação, as temperaturas na Região Nordeste devem ficar acima da média histórica ao longo da primavera, com os maiores valores concentrados no oeste da região. Esse aumento de temperatura, combinado com a redução das chuvas, pode agravar o cenário de seca em algumas áreas.
ar para o trimestre outubro, novembro e dezembro/2024, elaborada conjuntamente pelo
Inmet, Cptec/Inpe e Funceme
Impactos do clima em outras regiões
Enquanto o Nordeste deverá enfrentar menos chuvas, o Inmet aponta que as demais regiões do país terão padrões climáticos variados. A primavera pode trazer os primeiros episódios da Zona de Convergência do Atlântico Sul (Zcas), responsáveis por chuvas intensas no Sudeste, Centro-Oeste, Acre e Rondônia. Já na Região Sul, há possibilidade de ocorrência de Complexos Convectivos de Mesoescala (CCM), que podem provocar chuvas fortes, ventos intensos, descargas atmosféricas e granizo.
Com a chegada da primavera e o aumento gradativo das chuvas em várias partes do Brasil, inicia-se também o plantio das principais culturas de verão, o que pode trazer benefícios para a agricultura, sobretudo nas regiões onde o regime de chuvas será mais favorável.
Fenômeno La Niña
A previsão climática indica uma transição para o fenômeno La Niña no trimestre entre setembro e novembro de 2024, com uma probabilidade de 60% de seu estabelecimento até dezembro. O La Niña é conhecido por reduzir as chuvas na Região Sul e aumentar as precipitações no Norte e Nordeste, o que pode intensificar os impactos no final da primavera e início do verão.
Para mais informações, o Inmet disponibiliza atualizações diárias em suas redes sociais e no portal oficial.