Nesta quinta-feira (17), o fenômeno da superlua promete chamar a atenção dos observadores do céu.
O satélite natural da Terra parecerá maior e mais brilhante devido ao fato de estar no perigeu, o ponto de sua órbita mais próximo do planeta, a cerca de 357.364 quilômetros de distância.
Segundo dados do portal Agência Brasil, em média, a Lua se encontra a aproximadamente 384.400 quilômetros da Terra.
A superlua ocorre quando a fase cheia coincide com o perigeu, oferecendo uma visão mais imponente do astro.
No entanto, segundo a astrônoma Josina Nascimento, do Observatório Nacional, o termo “superlua” não tem base científica e foi popularizado pelo astrólogo Richard Nolle em 1979.
Nolle estabeleceu que a denominação seria aplicada a uma lua cheia quando esta estivesse no perigeu ou até 90% próxima dele, embora a escolha desse limite não tenha uma justificativa clara.
Desde então, há divergências entre instituições astronômicas quanto à definição exata da distância da Lua que caracteriza o fenômeno.
A astrônoma Josina explica que a superlua pode ocorrer tanto na fase cheia quanto na nova e pode se repetir de uma a seis vezes por ano.
A órbita elíptica da Lua faz com que sua distância da Terra varie ao longo do tempo, sendo o perigeu o ponto mais próximo e o apogeu o mais distante.
“Os observadores poderão notar uma lua mais brilhante do que o habitual, visível em todas as regiões do mundo, desde que o tempo esteja claro”, comenta a astrônoma.
Além disso, todas as luas cheias nascem no horizonte a leste ao pôr do sol e se põem no oeste ao amanhecer, possibilitando sua visualização ao longo de toda a noite.
Histórico
A primeira superlua de 2024 aconteceu em 19 de agosto, quando o satélite estava a cerca de 361.900 quilômetros da Terra.
A última do ano será em 15 de novembro, a uma distância de 361.867 quilômetros. No entanto, a superlua desta quinta-feira será a mais próxima de 2024, embora o tamanho da Lua seja sempre o mesmo.
A percepção de maior dimensão é resultado da diferença de ângulo de observação.
Para uma melhor visualização do fenômeno, é recomendável que as pessoas se afastem dos centros urbanos, onde a poluição luminosa interfere menos na observação do céu.