Foram divulgadas as identidades das cinco vítimas do acidente aéreo trágico ocorrido na noite desta quarta-feira, 23 de outubro, em Santa Branca, no interior de São Paulo. A aeronave envolvida no acidente pertence à empresa de táxi aéreo Abaeté Aviação, com sede em Salvador.
As vítimas foram o piloto, Jeferson Rodrigues, de 36 anos, natural de Guanambi, na Bahia; a médica Sylvia Rausch Barreto, de Pedra Azul, em Minas Gerais; Dulcival da Conceição Santos, 39 anos, copiloto, natural de Simão Dias, Sergipe; o mecânico de aviação Joseilton Borges, de 53 anos, nascido em Salvador; e o enfermeiro Erisson Silva da Conceição Cerqueira, também de Salvador.
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou que o avião, um Embraer-121 Xingu, desapareceu dos radares por volta das 18h39, durante uma tempestade. A aeronave havia partido de Florianópolis (SC) com destino a Belo Horizonte (MG), onde faria uma parada para abastecimento antes de seguir para Salvador (BA).
Vítimas do acidente
- Jefferson Rodrigues Ferreira, tinha 36 anos e nasceu na cidade de Guanambi. Ele atuava como piloto há 13 anos e tinha mais de 5 mil horas de voo. Era casado e não tinha filhos.
- Sylvia Rausch Barreto, médica nascida em Pedra Azul, Minas Gerais, que morava em Salvador. Sylvia se formou em Medicina em 2020 e era sócia de uma loja de manutenção de celulares e computadores. Amigos lamentaram sua morte, destacando que ela sonhava em ser obstetra.
- Dulcival da Conceição Santos, de 39 anos, copiloto, natural de Simão Dias (SE) e residente em Salvador. Ele trabalhava como copiloto na empresa e não tinha filhos.
- Joseilton Borges, de 53 anos, mecânico de aviação, nascido em Salvador, onde vivia com sua esposa e duas filhas. Joseilton atuava como mecânico há 17 anos e era dirigente do Sindicato dos Aeroviários da Bahia.
- Erisson Silva da Conceição Cerqueira, enfermeiro, também residente em Salvador, era casado e não tinha filhos.
Detalhes do acidente
A aeronave Embraer-121 Xingu, que transportava a equipe, caiu em uma área de mata fechada entre os municípios de Paraibuna e Santa Branca, cerca de 100 km da capital paulista. Testemunhas relataram ter ouvido um ruído de falha no motor seguido de uma explosão. As fortes chuvas que atingiam a região no momento da queda dificultaram o trabalho das equipes de resgate.
Os destroços do avião foram localizados durante a noite por equipes do Corpo de Bombeiros, que confirmaram a morte de todos os ocupantes. O local do acidente foi isolado para a chegada de agentes da Polícia Técnica Científica e do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que investigarão as causas do acidente.
A Abaeté Aviação lamentou o ocorrido e informou que está prestando suporte às famílias das vítimas.
Embraer-121
O Embraer-121 Xingu que caiu foi fabricado no Brasil em 1982 e pertence à Abaeté desde 2006. Ele é um avião de pequeno porte com oito assentos e capacidade para até seis passageiros, sendo o primeiro modelo pressurizado da Embraer.
De acordo com os dados de registro da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o modelo com dois motores turbo-hélice possui autorização para realizar táxi aéreo e está com situação regular, com certificados válidos até julho de 2025.
A aeronave consegue atingir até 456 km/h e voar a uma altitude máxima de 28 mil pés.
Além de realizar fretamento de táxi aéreo, a Abaeté possui também linhas regulares ligando Salvador a três destinos turísticos do litoral baiano – Boipeba, Morro de São Paulo e Península de Marau.