Na manhã deste sábado, 23 de novembro, as fortes chuvas deixaram feirantes ilhados e ruas inundadas em Riacho de Santana, na Região de Guanambi. Vídeos foram gravados e divulgados pelos comerciantes nas redes sociais.
Nas imagens que circulam nas redes sociais, é possível ver mercadorias alagadas, caixas sendo arrastadas e veículos ilhados.
“Nós merecemos viver esse caos na feira livre? Nós dependemos disso aqui para a sobrevivência, dessa feira. Independente de partido político, é uma exigência nossa, e que tomem providências para que possamos trabalhar e viver em segurança”, contou um feirante no vídeo, que não quis ser identificado.
Há anos os feirantes estão no estacionamento, de forma provisória, aguardando a construção de um novo mercado municipal. “Viver esse descaso e o mercado do outro lado pronto e nós aqui nessa favela”, finalizou o comerciante.
O pluviômetro do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) instalado na cidade não está em funcionamento, o que impede a obtenção de dados oficiais sobre o volume de chuva em Riacho de Santana.
Na cidade vizinha de Igaporã, onde há monitoramento ativo, o acumulado de chuva foi de 22 mm, até o momento.
No último dia 10 de novembro, a chuva também causou outros transtornos em Riacho de Santana, como alagamento de ruas e o desabamento do muro de um colégio. Inclusive, um homem, de 57 anos, morreu após ser arrastado pela forte chuva.
A vítima tentava, com a ajuda de um amigo, resgatar uma moto que havia sido levada pela correnteza na rua. Durante a tentativa, ambos foram surpreendidos pela força da água, e Carlos Lúcio de Carvalho morreu após ficar preso em um carro.
Riacho de Santana é um dos 242 municípios em estado de alerta laranja até segunda-feira (24), segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), por meio do Centro Virtual para Avisos de Eventos Meteorológicos Severos para o Sul da América do Sul (Alert-AS).