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Primeiro bombeamento da Transposição do Rio São Francisco completou dez anos

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O primeiro bombeamento de água do Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf), realizado em novembro de 2014, está completando uma década, marcando um momento histórico para o semiárido nordestino.

O marco ocorreu na primeira estação elevatória do Eixo Leste, em Petrolândia, Pernambuco. Desde então, o eixo se tornou integralmente operacional em 2017, garantindo o abastecimento de Campina Grande e outras cidades do agreste paraibano, que enfrentavam um colapso hídrico.

Na época, durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff, o início do funcionamento da maior obra de infraestrutura hídrica da América Latina trouxe alívio e esperança para milhões de brasileiros em regiões frequentemente afetadas pela estiagem, apesar de atrasos e aumentos de orçamento.

O PISF é parte integrante da Política Nacional de Recursos Hídricos, coordenada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR). Com 477 quilômetros de extensão, distribuídos em dois eixos (Leste e Norte), o projeto beneficia 12 milhões de pessoas em 390 municípios dos estados de Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba.

A grandiosidade da obra é refletida em sua estrutura, que inclui 13 aquedutos, nove estações de bombeamento, 27 reservatórios, quatro túneis e 270 quilômetros de linhas de transmissão. O túnel Cuncas I, por exemplo, é o maior da América Latina para transporte de água, com 15 quilômetros de extensão.

O analista de infraestrutura Stênio Albuquerque, que atua no projeto desde 2011, ressaltou os desafios superados durante as obras, como o transporte de grandes volumes de água e a superação de desníveis de até 280 metros. Além disso, destacou o impacto positivo na economia local, com a geração de empregos e o fortalecimento do comércio e dos serviços.

Avanços e Perspectivas Futuras

Mesmo com os dois eixos 100% operacionais, o projeto continua recebendo investimentos para ampliar sua capacidade. Segundo Giuseppe Vieira, secretário Nacional de Segurança Hídrica do MIDR, estão em andamento iniciativas como o Ramal do Apodi, que atenderá o oeste do Rio Grande do Norte, e o Ramal do Salgado, iniciado em abril de 2024, com ordem de serviço assinada pelo presidente Lula.

“O Governo Federal segue comprometido em garantir água para quem mais precisa, por meio de grandes obras como a duplicação do bombeamento do Eixo Norte”, afirmou Vieira.

De acordo com o MIDR, a celebração dos 10 anos do primeiro bombeamento reforça a importância da Transposição do São Francisco como um marco na segurança hídrica do Nordeste, levando água de qualidade a regiões historicamente marcadas pela escassez e impulsionando o desenvolvimento regional.

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