Foto: Adriano Cardoso
Em situação precária, lar de idosos foi fechado na Bahia após descumprimento de decisão judicial

Em situação precária, lar de idosos foi fechado na Bahia após descumprimento de decisão judicial

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Paredes com mofo e infiltração, insalubridade e precariedade na prestação dos serviços são o cenário do Lar de Idosos Nossa Senhora das Candeias, localizado no bairro de Itapuã, em Salvador.

Interditado parcialmente pela Justiça a pedido do Ministério Público da Bahia desde maio deste ano, o estabelecimento foi fechado nesta terça-feira, dia 10, após descumprir, além de ordem judicial para fazer a reinserção das pessoas idosas às suas famílias ou transferi-las para instituições de acolhimento, a notificação de interdição anteriormente procedida pela vigilância sanitária. A retirada das pessoas idosas encontradas no imóvel será realizada pelos órgãos municipais com posterior acolhimento em local apropriado.

Conforme informou o MP, o  fechamento do Lar ocorre após diversas tentativas de resolução consensual e de o MPBA constatar que as responsáveis legais pelo Lar ignoraram o alerta final para cumprimento da determinação judicial, dado em audiência ocorrida no final de outubro.

Dois dias depois de terminado o prazo, uma equipe da 3ª Promotoria de Justiça de Direitos Humanos de Salvador realizou, em 14 de novembro, inspeção extraordinária no estabelecimento e verificou que não houve o “menor movimento da instituição para promover o desacolhimento”.

Segundo o relatório da vistoria, havia 15 pessoas idosas no Lar, sendo cinco delas novas residentes, evidenciando que a instituição, além de não providenciar a transferência, ignorou as advertências de não fazer mais acolhimentos.

A ação de hoje conta com a participação da coordenadora das Promotorias de Justiça da Pessoa Idosa e com Deficiência, promotora de Justiça Ana Rita Cerqueira; promotora de Justiça Adriana Imbassahy; Promotor de Justiça Marcelo Aguiar; servidores da Central de Assessoramento Técnico Interdisciplinar (Cati) do Centro de Apoio Operacional de Direitos Humanos (Caodh), acompanhados de representantes da Vigilância Sanitária municipal, Secretaria Municipal de Promoção Social, Combate à Pobreza, Esportes e Lazer (Sempre), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), da Polícia Civil e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

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