De acordo com o ICMBio, o Brasil recebeu na tarde desta terça-feira, 28 de janeiro, mais 41 ararinhas-azuis, trazidas da Alemanha, como parte de um comprometido esforço internacional de conservação. A Cyanopsitta spixii, espécie endêmica da Caatinga e uma das mais ameaçadas do país, ganha nova esperança com este reforço ao programa de reintrodução na natureza, localizado na Bahia.
Conforme o ICMBio, o tráfico de aves e a destruição de habitats são as principais ameaças enfrentadas por essa ave icônica. Em resposta, o Brasil luta para repatriar e reintroduzir os indivíduos criados em cativeiro, que são fundamentais para o programa coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. Em 2020, 52 destas aves já haviam retornado da Alemanha para uma área protegida especialmente criada no estado.
O plano de ação inclui a restauração de habitats naturais e o papel essencial das comunidades locais na proteção desses animais. Conforme enfatiza o ICMBio, a cooperação internacional e a dedicação de várias instituições conservacionistas são vitais para o sucesso deste projeto complexo.
Sobre a Convenção Cites, o Brasil pleiteia que todas as ararinhas-azuis em cativeiro participem do Programa de Manejo Populacional da Ararinha-Azul. Este programa, liderado pelo governo brasileiro, visa garantir a sobrevivência e reintrodução da espécie em seu ambiente natural.
A ararinha-azul simboliza a luta pela conservação da biodiversidade e coloca a Caatinga em foco. A história desta ave destaca os impactos devastadores da ação humana na natureza, mas também exemplifica como ciência e parcerias internacionais podem inverter processos de extinção.