O Ministério da Saúde anunciou um reajuste médio de 30% destinado às Equipes de Saúde da Família Ribeirinha. Essa medida busca proporcionar melhores condições para a realização de serviços de saúde em áreas remotas e de difícil acesso. As novas diretrizes serão publicadas em portaria no Diário Oficial da União ainda nesta semana.

Entre as mudanças, estão previstos novos veículos para deslocamentos terrestres em áreas remotas, aumento nos valores das embarcações usadas pelas equipes e incentivo para a criação de novas estruturas, como pontos de apoio. O ajuste também contempla incentivos financeiros destinados à formação de novas equipes nas regiões.

Segundo o Ministério da Saúde, essas iniciativas fortalecem a Política Nacional de Atenção Básica (PNAB) e estimulam a equidade no Sistema Único de Saúde (SUS). As ações respeitam as tradições, culturas e modos de vida de populações localizadas no campo, em florestas e nas regiões ribeirinhas e pantaneiras.

Essas equipes realizam atendimentos, principalmente, em Unidades Básicas de Saúde (UBS) acessíveis apenas por rios, como observado na Amazônia Legal e no Pantanal Sul-mato-grossense. Dada a dispersão territorial dessas áreas, o uso de embarcações é essencial para que os serviços sejam prestados adequadamente.

Por definição, as equipes devem incluir, no mínimo, um médico, um enfermeiro e um técnico ou auxiliar de enfermagem. Há ainda a possibilidade de contar com profissionais de saúde bucal e outros de nível médio e superior. Em localidades endêmicas, também é permitido incluir um microscopista na equipe.