Um levantamento da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) revelou que, em dezembro, o setor de planos de saúde atingiu números recordes. Os planos de assistência médica alcançaram 52.210.290 usuários, enquanto os planos exclusivamente odontológicos totalizaram 34.466.532 beneficiários. Esses resultados representam um marco para o setor, destacando o crescimento contínuo de suas operações.
Em um ano, os planos médico-hospitalares cresceram em 862.771 beneficiários em comparação a dezembro de 2023. Já entre novembro e dezembro de 2024, o aumento foi de 156.217 usuários. Nos planos odontológicos, houve um incremento de 2.065.209 beneficiários nos últimos 12 meses e 178.642 no comparativo mensal do mesmo período.
No comparativo por estado, 24 unidades federativas registraram aumento em beneficiários de planos médicos. São Paulo, Minas Gerais e Amazonas lideraram o crescimento em números absolutos. Entre os planos odontológicos, São Paulo, Minas Gerais e Paraná figuraram como os estados com maior aumento de usuários.
Quando analisadas as faixas etárias, os grupos de 45 a 49 anos e de 50 a 54 foram os que mais cresceram na adesão a planos de assistência médica, registrando 240.336 e 125.734 novos usuários, respectivamente, nos últimos 12 meses. Para os planos odontológicos, a faixa de 45 a 49 anos registrou o maior aumento com 248.771 usuários, seguida pela de 70 a 74 anos, com mais 193.557 beneficiários.
A ANS reforçou que o crescimento do setor de saúde suplementar tem se mantido estável nos últimos cinco anos. Conforme o Censo 2022 do IBGE, a taxa de crescimento de beneficiários foi de 12% entre 2010 e 2022, superando o crescimento populacional do Brasil, que foi de 6,5% no mesmo período.
Segundo a agência, as buscas por planos de saúde cresceram significativamente após a pandemia de COVID-19. Esse movimento reflete uma preocupação crescente com o acesso à saúde em momentos críticos. No caso dos planos odontológicos, o aumento foi mais acentuado, apontando uma maior conscientização sobre a saúde bucal.
Para o futuro, a ANS projeta que o setor deve manter estabilidade, embora aspectos como o cenário econômico, empregabilidade e custos em saúde sejam determinantes para a sustentabilidade do segmento. Segundo o diretor Maurício Nunes, “a evolução do setor dependerá do contexto econômico-financeiro e da capacidade de adaptação às novas demandas”.