Volta às aulas: especialistas reforçam importância da vacinação | Agência Brasil

No retorno às aulas, é essencial que os responsáveis atualizem a carteira de vacinação das crianças. A diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, reforça a importância desse cuidado: “Quando se tem muitas crianças ou adolescentes em um mesmo lugar, o risco de transmissão de doenças aumenta. Vacinar protege não só o indivíduo, mas também a coletividade”.

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece 16 vacinas para crianças e adolescentes, protegendo contra mais de 20 doenças. Algumas vacinas possuem esquemas de doses iniciais e reforços, exigindo visitas periódicas ao posto de saúde. Além disso, há vacinas específicas, como contra a dengue, aplicada em áreas de maior risco, e a vacina anual contra a influenza.

A imunologista Ana Medina destaca que o calendário vacinal brasileiro é robusto, mas pode confundir os responsáveis. Por isso, a volta às aulas é uma boa oportunidade para revisar as vacinas. Ela ressalta que no ambiente escolar, com salas muitas vezes fechadas, aglomerações e compartilhamento de objetos, o cuidado preventivo é fundamental para evitar surtos de doenças.

Entre as doenças preveníveis mais graves citadas por especialistas estão a meningite pneumocócica e meningite meningocócica, ambas com altos índices de mortalidade e graves sequelas. A coqueluche, doença respiratória grave que tem afetado principalmente bebês, também é destacada. Em 2024, o Brasil registrou um aumento alarmante de casos, reforçando a necessidade da vacina Penta, que protege contra difteria, tétano, hepatite B e infecções por Haemophilus influenzae tipo B.

Desde 2023, a vacina contra covid-19 faz parte do calendário básico infantil do SUS. No entanto, a adesão ainda é baixa: apenas 32,4% das crianças de até 4 anos completaram o esquema vacinal. Isso preocupa, já que crianças menores de 1 ano continuam sendo o segundo grupo com maior taxa de mortalidade por covid-19 no Brasil.

Para cortar as cadeias de contágio, a SBIm recomenda que crianças com sintomas como febre, tosse e coriza permaneçam em casa até 24 horas após o desaparecimento dos sintomas. Além disso, é crucial que os profissionais de educação também estejam imunizados, prevenindo surtos no ambiente escolar.

A imunologista Ana Medina reforça que as escolas devem ser parceiras nessa conscientização e na promoção da educação em saúde. Consultar fontes confiáveis, como o site do Ministério da Saúde e o site da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), pode ajudar os responsáveis a manter a carteira de vacinação sempre em dia.

Os especialistas destacam que as vacinas disponíveis foram amplamente testadas e são seguras. Reações locais, como dor ou vermelhidão no local da aplicação, são raras e leves, especialmente quando comparadas à gravidade das doenças que previnem. Portanto, proteger os filhos por meio da vacinação é um ato de cuidado e responsabilidade.

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