Seis anos após o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, ocorrido em 25 de janeiro de 2019, a Polícia Civil de Minas Gerais identificou mais uma vítima da tragédia. Maria de Lurdes da Costa Bueno, de 59 anos, foi identificada por meio de exame antropológico.

Segmentos da vítima, incluindo um fêmur com prótese, foram localizados na área de buscas na última quinta-feira, 6 de fevereiro. A descoberta ocorre 2 km da região onde ficava a Pousada Nova Estância, destruída pela lama.

Maria de Lurdes era moradora de São José do Rio Pardo (SP) e, na ocasião, estava em viagem com a família para conhecer Inhotim. Além dela, também faleceram o seu marido, Adriano Ribeiro da Silva, os enteados Luiz e Camila Taliberti, e a nora Fernanda Damian de Almeida.

Até o momento, entre as 270 vítimas identificadas da tragédia, ainda permanecem desaparecidos Tiago Tadeu Mendes da Silva, de 34 anos, e Nathália de Oliveira Porto Araújo, de 25 anos.

Buscas e avanços tecnológicos

Mesmo após seis anos, as buscas continuam sendo realizadas pelo Corpo de Bombeiros, com apoio de estações de busca e o uso de inteligência artificial para análise de materiais encontrados.

Em 2024, foram recebidos 20 segmentos humanos localizados nessas operações. Apesar da dificuldade logística, esforços contínuos mantêm viva a esperança de localizar as últimas vítimas ainda não identificadas.

Impacto social e memória

A tragédia em Brumadinho, além de ter causado a perda de centenas de vidas, revelou falhas graves na gestão de barragens no Brasil. Desde então, diversas organizações e movimentos sociais vêm lutando por justiça e por maiores regras de segurança. A identificação de mais uma vítima reacende as discussões sobre a responsabilização das empresas e o apoio às famílias atingidas.