O Brasil segue registrando temperaturas excepcionalmente altas neste mês de fevereiro, e a tendência é que o calor intenso continue nas próximas semanas. No Rio de Janeiro, os termômetros atingiram marcas extremas, com a estação de Guaratiba, da prefeitura, registrando 44ºC na última segunda-feira (19).
Já na estação de Marambaia, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a temperatura chegou a 41,3ºC no mesmo dia.
Segundo dados do Alerta Rio, entre 1º e 19 de fevereiro, 18 dias registraram máximas acima de 35ºC, sendo a única exceção o dia 14, que ainda assim atingiu 34,8ºC. Outras cidades do estado também enfrentaram temperaturas elevadas, como Niterói (42,2ºC) e Silva Jardim (42,0ºC).
Calor extremo em diversas regiões do país
Em São Paulo, as temperaturas seguem acima do normal, com o litoral registrando 40ºC em Iguape nesta semana. Na capital paulista, as tardes têm sido mais quentes do que o habitual. O calor também persiste em Minas Gerais, Espírito Santo e diversas áreas do Centro-Oeste, com marcas bem acima da média histórica para fevereiro.
O Sul do Brasil também sofre com as altas temperaturas. Em Porto Alegre, a estação do Jardim Botânico registrou 39,8ºC no dia 11, sendo a maior temperatura para fevereiro desde 2014 e a quinta maior da série histórica de mais de 100 anos, segundo dados oficiais.
Por que está tão quente?
O calor persistente é resultado de um bloqueio atmosférico, caracterizado pela ausência de sistemas de baixa pressão e pela escassez de chuvas. Esse fenômeno impede o avanço de frentes frias e mantém as temperaturas elevadas por períodos prolongados.
Normalmente, os meses de dezembro, janeiro e fevereiro são marcados por altos índices de precipitação, principalmente no Sudeste, o que contribui para amenizar o calor. No entanto, as condições climáticas deste ano têm se desviado do padrão esperado, resultando em ondas de calor mais intensas e duradouras.
Previsão para os próximos dias
Modelos meteorológicos do ECMWF e do CFS indicam que as próximas semanas continuarão registrando temperaturas acima da média, especialmente nas regiões Sul e Sudeste. Picos extremos de calor ainda podem ocorrer, enquanto as chuvas permanecerão isoladas e pontuais.
No Rio de Janeiro, o nível de calor foi elevado ao nível 4 (em uma escala de 1 a 5) pela primeira vez, levando a prefeitura a adotar medidas emergenciais, como a distribuição gratuita de água em pontos estratégicos da cidade.
O calor intenso tem impactado a rotina da população, especialmente em centros urbanos, onde medidas estão sendo implementadas para minimizar os efeitos das altas temperaturas. Apesar da possibilidade de breves períodos com temperaturas mais amenas em algumas localidades, o calor anômalo deve persistir, com um alívio significativo apenas com a chegada do outono.