O Brasil enfrenta um grave cenário em 2025 devido ao aumento dos casos de dengue. Até 22/02, o país registrou 439.441 casos prováveis, com coeficiente de incidência de 206,7 por 100 mil habitantes, além de 177 óbitos confirmados e 413 em investigação, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde.
São Paulo concentra maior impacto: Com 256.846 casos contabilizados e 151 mortes, destacando-se como o estado com maior número de ocorrências no país. Minas Gerais aparece em seguida com 49.046 casos e Paraná com 25.053 registros.
O Acre, apesar de registrar menos casos absolutos (6.263), possui o maior coeficiente de incidência, com 711,2 por 100 mil habitantes. Este dado preocupa, já que reflete a alta vulnerabilidade dos estados da região.
Casos de dengue por estado:
- São Paulo: 246.998 casos; 126 óbitos
- Minas Gerais: 49.046 casos; 6 óbitos
- Paraná: 25.053 casos; 6 óbitos
- Acre: 6.263 casos; 3 óbitos
- Bahia: 6.499 casos; 4 óbitos
Embora a taxa de positividade da dengue tenha caído em comparação ao mesmo período de 2024, a Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) alerta que os números de janeiro de 2025 são os mais altos desde outubro do ano passado.
Avanços na vacinação contra a dengue
Uma nova esperança surge com o anúncio da primeira vacina 100% nacional e de dose única contra a dengue. A produção em larga escala, prevista para 2026, deverá disponibilizar 60 milhões de doses anuais. Com investimento de R$ 1,26 bilhão, a medida atende brasileiros entre 2 e 59 anos, segundo as diretrizes do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Atualmente, o SUS já oferece imunizantes para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos em regiões prioritárias. O avanço representa um marco e promete auxiliar no controle das epidemias futuras de dengue no Brasil.