Papa Francisco escreve carta com diretrizes para caso de impedimento médico

A internação do Papa Francisco devido a uma pneumonia e a evolução de seu quadro de saúde têm levantado debates sobre sua capacidade de continuar à frente da Igreja Católica e os impactos na administração do Vaticano. No entanto, o pontífice já deixou uma carta com diretrizes para um possível impedimento médico.

O papa, de 88 anos, foi hospitalizado no dia 14 de fevereiro, no Hospital Gemelli, em Roma, após apresentar dificuldades respiratórias. Desde então, tem alternado períodos de melhora e piora, sendo monitorado de perto por sua equipe médica. Segundo boletins divulgados pelo Vaticano, seu estado é considerado complexo, e o prognóstico permanece reservado.

Na segunda-feira, 3 de março, Francisco sofreu dois episódios de insuficiência respiratória aguda. No entanto, de acordo com as atualizações oficiais, ele tem se mantido estável desde então. Mesmo hospitalizado, o pontífice continua exercendo algumas funções administrativas, revisando documentos e tomando decisões sempre que sua condição permite. “Seus assessores levam os textos para ele revisar, e ele faz as alterações necessárias”, explica Filipe Domingues, especialista em Vaticano e professor da Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.

Apesar da rotina adaptada, há incertezas sobre o que aconteceria caso seu estado de saúde se agravasse a ponto de impedir sua participação ativa na liderança da Igreja. Oficialmente, o Vaticano não se pronuncia sobre cenários mais críticos, mas Francisco já revelou ter deixado uma carta de renúncia pronta para o caso de incapacidade de exercer suas funções.

Atualmente, as principais decisões que não exigem sua participação direta seguem em andamento, conduzidas pelos cardeais responsáveis pelos dicastérios da Cúria Romana. No entanto, questões que dependem diretamente do pontífice podem ficar em suspenso até que sua condição se estabilize.

A existência de uma carta de renúncia para casos de necessidade foi revelada pelo papa em 2022. O documento foi assinado em 2013, no primeiro ano de seu pontificado, mas seus detalhes nunca foram divulgados.

Diante desse cenário, cresce a especulação sobre os rumos da Igreja caso a saúde do papa se deteriore ainda mais. Enquanto isso, o mundo católico aguarda com expectativa novos boletins médicos e os desdobramentos da situação no Vaticano.

Notícias Relacionadas

Deixe uma respostaCancelar resposta

Sair da versão mobile