Um indígena foi assassinado no Território Indígena Barra Velha de Monte Pascoal, em Prado, extremo sul da Bahia. O Conselho de Caciques Pataxó (Conpaca) atribui o crime a “pistoleiros” contratados por fazendeiros. A vítima foi identificada como Vitor Braz, de 53 anos, e o incidente ocorreu na noite de segunda-feira, 10 de fevereiro.

De acordo com o Conpaca, o ataque resultou em pelo menos um outro indígena ferido e dois adolescentes desaparecidos. A Polícia Civil de Prado abriu um inquérito para investigar o caso. A Secretaria de Segurança Pública da Bahia intensificou as ações na região em resposta ao incidente.

O Conpaca emitiu uma nota de repúdio, afirmando que o assassinato é parte de uma série de violações e ameaças contra os Pataxó. “Não aceitaremos que nossas terras sejam tomadas e que nossas vidas sejam ceifadas impunemente”, declarou o conselho.

Em resposta aos eventos, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania anunciou que exigirá uma investigação completa e a responsabilização dos envolvidos. Além disso, a pasta federal vai acionar a rede de proteção de crianças e adolescentes para localizar os jovens desaparecidos.

O território onde ocorreu o crime abrange 52,7 mil hectares e inclui os municípios de Itabela, Itamaraju, Prado e Porto Seguro. O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) criticou a lentidão no processo de demarcação das terras, que tem provocado conflitos intensos na região.