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Publicada lista de Espécies Exóticas Invasoras em Unidades de Conservação

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Foi divulgada uma lista oficial de Espécies Exóticas Invasoras (EEI) presentes em Unidades de Conservação Federais. A lista, que inclui 290 espécies invasoras, foi publicada pela Portaria ICMBio n.º 510/2025 e está acessível para consulta na página sobre espécies exóticas invasoras.

As EEI são espécies introduzidas fora de sua área natural, que se estabelecem e se disseminam, afetando negativamente a biodiversidade. Elas comprometem os objetivos de proteção das Unidades de Conservação e representam uma ameaça às espécies nativas e ecossistemas.

Para elaborar a lista, a Coordenação de Manejo de Espécies Exóticas Invasoras do Instituto Chico Mendes utilizou informações de diversas bases de dados e realizou consultas com gestores de Unidades de Conservação, centros de pesquisa do ICMBio e a sociedade. Mais de 60 mil registros foram recebidos, resultando em 2.576 registros válidos de EEI, abrangendo 248 Unidades de Conservação, ou 72,3% do total.

Entre as espécies de fauna com mais registros estão os peixes, com 60 espécies, seguidos por invertebrados e mamíferos. Destacam-se a tilápia (Oreochromis niloticus) e o Coptodon rendalli, ambas espécies de origem africana, e a abelha africanizada (Apis mellifera), que ocorre em 108 Unidades de Conservação. Entre os mamíferos, os mais registrados são o camundongo (Mus musculus) e a ratazana preta (Rattus rattus).

Na flora, as árvores foram o grupo com mais registros, seguidas por arbustos, herbáceas e gramíneas. Espécies frutíferas como a manga (Mangifera indica

) e a goiabeira (Psidium guajava) são exemplos que alteram as redes de interação ecológica devido à atratividade de seus frutos para espécies nativas.

Comparando com uma lista anterior de 2019, houve um aumento de 69 novas EEI registradas em mais Unidades de Conservação. Segundo a coordenadora da CMEEI, Tatiani Chapla, “essa lista representa um registro histórico que permitirá o monitoramento do avanço das invasões biológicas e de seus impactos nas UC, além de subsidiar tomadas de decisão estratégicas”.

Além da lista, foram publicados três documentos técnicos importantes para o manejo de EEI, incluindo uma ferramenta e manual para priorização de espécies para controle e erradicação, um roteiro de atualização da lista e um roteiro para elaboração, monitoria e avaliação de Planos Específicos de Prevenção, Erradicação, Controle e Monitoramento de EEI em Unidades de Conservação federais.

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