Pode voltar a chover na região de Guanambi durante esta semana. De acordo com dados dos principais modelos meteorológicos, o aumento da nebulosidade poderá causar chuvas isoladas a partir desta segunda-feira, 23 de março.
No entanto, há bastante divergência entre as previsões sobre o volume e a distribuição das chuvas, que deverão ficar mais concentradas na porção oeste do Estado. Na margem direita do Rio São Francisco, os modelos indicam que as chuvas continuarão escassas.
Ao longo da semana, as chuvas volumosas deverão continuar na faixa norte e no Centro-Norte do país, além de parte da região Sudeste, especialmente em Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Devido ao posicionamento do corredor de umidade, a maior parte da Região Nordeste terá tempo firme na maior parte do tempo.
Por outro lado, toda a região leste do Nordeste terá pouca chuva, e as áreas centrais da Bahia podem encerrar a semana sem precipitações significativas.

Na região de Guanambi, as previsões são bastante variadas quanto ao volume esperado. Os modelos apontam acumulados entre 10 e 40 mm até a próxima sexta-feira (28), havendo possibilidade de as precipitações se prolongarem até o fim de março e início de abril.
A longo prazo, o prognóstico indica que podem ocorrer chuvas na região durante o mês de abril, porém, com volumes entre 50 e 80 mm. Caso isso se confirme, as chuvas poderão ser insuficientes para restabelecer a umidade do solo, recuperar pastagens ou acumular água para as atividades agropecuárias.
É importante destacar que previsões de médio e longo prazo possuem menor grau de precisão, sendo importante acompanhar diariamente as atualizações da previsão para um monitoramento mais preciso.
Chuvas abaixo da média
Desde o início do período chuvoso, em outubro, foram registrados apenas 463 milímetros no Centro de Guanambi, segundo dados do pluviômetro da Agência Sertão. Esse acumulado está abaixo da média dos últimos anos, e a incerteza sobre a continuidade das chuvas preocupa quanto às condições climáticas do restante do ano.
As precipitações foram mais frequentes somente até meados de janeiro. Em fevereiro, o tempo permaneceu seco, com ocorrência de poucas chuvas isoladas. Já o mês de março tem sido marcado predominantemente pelo calor intenso e tempo seco.
O volume acumulado desde janeiro é de apenas 135 mm, sendo o menor registrado no primeiro trimestre em oito anos de medições realizadas pela Agência Sertão. No mesmo período do ano passado, o volume ultrapassou 700 mm, marca atípica.
Em 2023, quando a região enfrentou uma seca severa, o acumulado do primeiro trimestre foi de 229 mm.
Vale lembrar que os volumes registrados variam significativamente em diferentes regiões do município e até mesmo entre os bairros da cidade, devido à irregularidade e má distribuição das chuvas.