O leilão das cotas escriturais do Fundo de Investimento do Nordeste (Finor), realizado na última sexta-feira, 21 de março, na Bolsa de Valores do Brasil (B3), arrecadou R$ 800 milhões.
Esses recursos serão destinados às obras da ferrovia Transnordestina, por meio do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE). O Finor, administrado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), está em processo de encerramento de suas atividades. De acordo com o Banco do Nordeste, foram negociadas 939 bilhões de cotas do Finor.
O secretário Nacional de Fundos e Instrumentos Financeiros, Eduardo Tavares, enfatizou a importância de direcionar os recursos do leilão para projetos do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).
“Graças a um trabalho conjunto do Governo Federal e Congresso Nacional, estamos garantindo R$ 800 milhões com impactos positivos para todo o país”, afirmou.
O programa tem se concentrado na implementação, retomada e conclusão de obras em diversas áreas, incluindo infraestrutura hídrica, mobilidade urbana sustentável, moradia, urbanização, prevenção de desastres, educação, cultura, esportes, geração de energia e saúde.
Transnordestina
A ferrovia Transnordestina está sendo projetada para conectar o Porto de Pecém, no Ceará, e o Porto de Suape, em Pernambuco, ao cerrado do Piauí, no município de Eliseu Martins, totalizando 1.753 km de extensão.
Futuramente, poderá se conectar com a ferrovia Norte-Sul, em Porto Franco (MA). A fase 1 das obras, que vai do Piauí até o porto do Pecém, está com 72% de avanço físico.
Em janeiro deste ano, o MIDR, em articulação com a Casa Civil, aprovou a liberação de R$ 400 milhões do FDNE para financiar as obras, conforme decisão da Diretoria Colegiada da Sudene.
Considerada a maior obra logística do Nordeste e um dos principais projetos de infraestrutura do Novo PAC, a ferrovia será utilizada para o transporte de grãos, minérios, combustíveis e fertilizantes, impulsionando atividades econômicas na região.