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Chuvas do verão não foram suficientes para repor o estoque de água no solo em boa parte do Brasil

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O verão de 2024-2025 no Brasil, encerrado em 20 de março, foi marcado por chuvas intensas em várias regiões, como o Norte, especialmente no Amazonas e sudoeste do Pará, além de áreas do Maranhão e Piauí.

No entanto, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), essas precipitações não foram suficientes para restaurar os níveis de água no solo, prejudicados por secas e incêndios florestais nos biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal nos últimos dois anos.

Entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025, o déficit de chuvas em relação à média foi significativo em regiões como o norte do Pantanal, norte do Mato Grosso, Rondônia, leste do Acre e sudoeste do Pará, com uma diferença de 200 mm, enquanto a média climatológica varia entre 500 mm e 700 mm.

Em janeiro, o déficit foi de 75 mm, com valores abaixo da média climatológica, prolongando-se até fevereiro.

Figura 1: Chuvas acumuladas em janeiro (a) e fevereiro (b)

Essa escassez hídrica resultou na perda de folhas em florestas do oeste do Pará, leste do Amazonas, Rondônia e Pantanal mato-grossense.

A baixa umidade do solo também afetou a produtividade de grãos, impactando o período de semeadura no final de 2024 e início de 2025, contribuindo para perdas em diversas culturas agrícolas.

Impactos Econômicos e Previsões Futuras

A falta de chuvas pode acarretar perdas econômicas e problemas para as populações. As chuvas reduzidas do sul da Região Norte até o Pantanal e oeste do Rio Grande do Sul em fevereiro caracterizam uma seca moderada, também evidente na porção central do Nordeste, Espírito Santo, Norte de Minas Gerais e parte da Bahia.

Figura 2: Índice de Precipitação Padronizado (SPI) para janeiro (c) e fevereiro (d)

De acordo com a agrometeorologista do INMET, Lucietta Martorano, a oferta de água no solo será favorável no oeste da Amazônia, beneficiando as culturas agrícolas. Contudo, o Pantanal, Brasil Central, Minas Gerais e oeste de São Paulo até o Rio Grande do Sul enfrentam oferta limitada de chuvas, dificultando a recuperação hídrica.

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