O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou no Diário Oficial da União, na sexta-feira, 11 de abril, novas portarias que atualizam o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura do feijão comum. Este estudo abrange tanto o cultivo de sequeiro quanto o irrigado, indicando os melhores períodos e locais para o plantio de feijão no Brasil, com base em estimativas de risco climático.
De acordo com o Mapa, as recomendações do Zarc sobre as épocas de plantio são fundamentais para o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR). O zoneamento também serve como ferramenta de consulta para o planejamento das lavouras, sendo utilizado por técnicos, agricultores e operadores financeiros de linhas de crédito.
O feijão foi uma das primeiras culturas a integrar o Zarc, na década de 1990. Desde então, o Zarc Feijão Comum vem sendo aprimorado com técnicas agrometeorológicas e de geoprocessamento, utilizando dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do sistema HidroWeb da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), além de redes estaduais de apoio.
O coordenador do estudo, Alexandre Bryan Heinemann, da Embrapa Arroz e Feijão, explica que o Zarc Feijão Comum incorporou o modelo de processo CROPGRO-Drybean, que integra dados climáticos, de solo e características do feijoeiro para estimar a produtividade. Isso permite ajustes nas fases do feijoeiro conforme as condições climáticas, além de selecionar diferentes produtividades esperadas de acordo com o nível de manejo.
Os períodos de semeadura do Zarc Feijão Comum podem ser consultados através do Painel de Indicação de Riscos no site do Mapa ou pelo aplicativo Zarc Plantio Certo, disponível para Android e iOS.