O Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) lançou novos mapas que trazem previsões sobre déficit, excesso e armazenamento de água no solo em todo o Brasil. Desenvolvido pela equipe de meteorologistas da Coordenação-Geral de Meteorologia Aplicada, Desenvolvimento e Pesquisa (CGMADP/INMET), o produto visa subsidiar o planejamento agrícola no país e estará em contínuo desenvolvimento.
De acordo com o INMET, esses mapas são essenciais para o setor agropecuário, permitindo a identificação antecipada de regiões com baixa ou alta disponibilidade hídrica, além de estimar a capacidade de armazenamento de água no solo. As estimativas serão geradas mensalmente a partir de dados de chuva e temperatura do ar, incorporados no Boletim Agroclimatológico Mensal.
Os dados alimentam o modelo de Balanço Hídrico Mensal (BH), que considera o suprimento natural de água, a demanda atmosférica e a Capacidade de Água Disponível no solo. Com base nessas variáveis, são calculados três indicadores principais: deficiência hídrica, excedente hídrico e armazenamento de água no solo.
Prognóstico Agroclimático para Abril, Maio e Junho de 2025
Para abril de 2025, o INMET apresenta previsões de déficit e excesso de água no solo, conforme ilustrado nas figuras divulgadas. O balanço hídrico foi simulado considerando uma Capacidade de Água Disponível no solo de 100 mm, típica para culturas anuais como soja, milho e algodão.
Os maiores déficits hídricos previstos concentram-se no norte de Roraima, parte central do Nordeste, norte de Minas Gerais, oeste do Mato Grosso do Sul e sudoeste do Mato Grosso. Áreas com valores abaixo de 100 mm indicam esgotamento da água no solo, deixando as plantas vulneráveis ao estresse hídrico.
Para maio de 2025, a previsão indica uma ampliação das áreas com escassez hídrica, especialmente na região do Matopiba, onde o déficit pode afetar o cultivo do milho segunda safra. Estratégias de irrigação são recomendadas para mitigar os efeitos do baixo armazenamento hídrico.
Em junho de 2025, a diminuição do volume de chuva na parte central do Brasil deve ampliar as áreas com deficiência hídrica. No entanto, excedentes hídricos são previstos para o extremo norte do país e a faixa litorânea do Nordeste, além de grande parte da Região Sul.