Divaldo Franco, um dos principais líderes espíritas do Brasil, faleceu nesta terça-feira (13) aos 98 anos. A causa da morte não foi divulgada, mas ele enfrentava um câncer na bexiga desde novembro do a no passado. De acordo com informações do g1, Divaldo teve falência múltipla dos órgãos.
Nascido em Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, Divaldo Franco dedicou mais de 70 anos ao espiritismo, tornando-se uma das vozes mais respeitadas na área. Ele também foi autor de mais de 250 livros, muitos psicografados a partir de histórias de diversos espíritos.
Em 1952, Divaldo fundou a Mansão do Caminho, no bairro de Pau da Lima, em Salvador. A entidade acolhe e educa milhares de crianças em situação de vulnerabilidade. Na década de 1960, ele ampliou a instituição, criando escolas, oficinas profissionalizantes e serviços de saúde, transformando-a em um complexo educacional.
Tratamento e Internações
Em novembro de 2024, Divaldo foi internado no Hospital São Rafael, onde foi diagnosticado com câncer na bexiga. O tratamento começou em dezembro, com sessões de radioterapia e pequenas doses de quimioterapia. Em fevereiro deste ano, ele foi internado novamente para tratar uma infecção urinária.
O Instituto Nacional de Câncer (Inca) destaca que homens brancos e idosos, como Divaldo, têm maior probabilidade de desenvolver câncer de bexiga. Sintomas incluem sangue na urina e dor ao urinar. O tratamento pode envolver cirurgia, radioterapia e quimioterapia.
Divaldo Franco não deixou filhos biológicos, mas era considerado pai de cerca de 685 pessoas que acolheu e instruiu na Mansão do Caminho. Sua trajetória no espiritismo começou na infância, apesar das dificuldades enfrentadas devido à incompreensão de sua família sobre sua mediunidade.