De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o boletim semanal InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (29), aponta que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados pelo vírus influenza A estão em níveis de incidência que variam de moderada a muito alta entre jovens, adultos e idosos. O documento destaca a alta mortalidade entre idosos e crianças de até dois anos devido à doença.

O vírus influenza A tem maior incidência em crianças pequenas, seguido pela população idosa. Nas últimas quatro semanas, 72,5% dos óbitos por SRAG foram atribuídos ao influenza A, 1,4% ao influenza B, 12,6% ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR), 9,7% ao rinovírus e 5,9% ao Sars-CoV-2.

O boletim da Fiocruz indica que as hospitalizações por VSR, que afetam principalmente crianças pequenas, começaram a diminuir nos estados de São Paulo, Rio Grande do Norte e Distrito Federal. No entanto, a influenza A apresenta estabilização no Mato Grosso do Sul e no Pará, embora os casos ainda sejam elevados nesses locais.

Os dados laboratoriais por faixa etária mostram que o aumento dos casos de SRAG em crianças de até 4 anos é impulsionado principalmente pelo VSR. O rinovírus e a influenza A também contribuem para o aumento dos casos nessa faixa etária, assim como em crianças e adolescentes de 5 a 14 anos. Entre adultos, idosos e jovens a partir dos 15 anos, a influenza A é o principal responsável pelo aumento dos casos de SRAG.

A pesquisadora do InfoGripe, Tatiana Portella, destaca a importância da vacinação no atual cenário epidemiológico. Ela reforça que é essencial que crianças, idosos e outros grupos prioritários sejam vacinados contra o vírus. “A vacina ainda leva por volta de uns 15 dias para fazer efeito, então quanto antes esse grupo tomar a vacina, melhor”, avaliou a especialista.