O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou a posição do Brasil em defesa do fim dos conflitos entre Israel e Palestina, e entre Rússia e Ucrânia.
As declarações foram feitas neste domingo (1º) em Brasília, durante o encerramento da convenção do PSB, partido que integra a base do governo federal.
De acordo com a Agência Brasil, durante o discurso, Lula leu a íntegra da nota emitida pelo Itamaraty, que condena “nos mais fortes termos” o anúncio de Israel sobre a aprovação de mais 22 assentamentos na Cisjordânia, território considerado parte integrante do Estado da Palestina.
Conflito Israel x Palestina
Em meio a manifestações de “Palestina Livre” por parte dos presentes, Lula reiterou que a guerra não é desejada pelo povo judeu nem pelo povo de Israel. Ele afirmou que a guerra é uma vingança contra a possibilidade de criação do Estado Palestino e que, por trás do conflito, está a intenção de assumir o controle de Gaza.
O presidente destacou que o conflito não se trata de uma guerra entre dois exércitos equiparados, mas sim de um exército profissionalizado contra civis indefesos na Faixa de Gaza. Lula classificou a situação como genocídio, em desrespeito às decisões da ONU, que já pediu o fim do conflito.
Conflito Rússia x Ucrânia
Lula também se manifestou contra a guerra entre Rússia e Ucrânia, mencionando conversas com o presidente russo, Vladimir Putin, nas quais sugeriu que os dois países deveriam buscar um acordo para encerrar o conflito. O Brasil se posiciona contra a ocupação territorial pela Rússia, defendendo a paz e a harmonia mundial.
O presidente destacou que, enquanto o mundo gastou US$ 2,4 trilhões em armas no ano passado, 733 milhões de pessoas passam fome. Ele argumentou que, se esses recursos fossem destinados à alimentação, todos teriam acesso a comida suficiente.
Reformas no Conselho de Segurança da ONU
Lula voltou a defender reformas no Conselho de Segurança da ONU, argumentando que a entidade tem se mostrado frágil diante de decisões unilaterais de seus membros. Ele citou exemplos de invasões realizadas sem consulta à ONU, como as ações dos EUA no Iraque e da Rússia na Ucrânia.
O presidente brasileiro defende a inclusão de países como Alemanha, África, Índia, Japão, Brasil, México e Argentina no conselho, visando uma representação mais ampla e eficaz na ONU, para evitar conflitos e promover a paz global.