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Produtores da Bahia iniciam destruição de soqueiras para controle do bicudo

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Com o início da colheita da safra 2024/2025 de algodão na Bahia, os produtores também deram início a uma etapa crucial para a sanidade das lavouras: a destruição das soqueiras.

A medida, que consiste na eliminação dos restos culturais da planta após a colheita, é fundamental para interromper o ciclo de pragas, em especial o bicudo-do-algodoeiro — considerado o principal inimigo da cotonicultura no Brasil.

A ação é regulamentada pela Portaria nº 201/2019 da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), que estabelece prazos específicos para a realização do manejo, conforme a região produtora. A iniciativa integra o Programa Fitossanitário da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), que tem acompanhado de perto os trabalhos nas propriedades rurais.

“O cumprimento rigoroso desse calendário é essencial para garantir o controle eficiente do bicudo-do-algodoeiro (Anthonomus grandis), outras pragas e doenças, e preservar a produtividade e a sustentabilidade da cotonicultura no estado”, destacou Antonio Carlos Araújo, gerente do Programa Fitossanitário da Abapa.

Prazos por região

O estado está dividido em duas grandes regiões produtoras, com prazos distintos para o fim do manejo:

  • Região I (Oeste da Bahia): municípios como São Desidério, Formosa do Rio Preto, Correntina, Riachão das Neves, Jaborandi, Luís Eduardo Magalhães, Barreiras, Cocos, Baianópolis, Serra do Ramalho, Santana e Wanderley têm como prazo limite o dia 19 de setembro.

Exceções da Região I: em Baianópolis, Wanderley, na microrregião de Campo Grande (São Desidério) e em áreas da Região Brasil Agro, no município de Correntina, com precipitação média anual inferior a 1.000 mm, o prazo é 10 de setembro.

  • Região II (Sudoeste da Bahia): o manejo deve ser encerrado até o dia 31 de agosto nos municípios de Malhada, Iuiu, Palmas de Monte Alto, Guanambi, Bom Jesus da Lapa, Candiba, Lagoa Real, Sebastião Laranjeiras, Pindaí, Brumado, Tanhaçu, Livramento de Nossa Senhora, Caculé, Carinhanha, Urandi, Rio do Antônio, Malhada de Pedras e Igaporã.

A destruição das soqueiras é parte essencial da estratégia do Vazio Sanitário, período durante o qual não pode haver plantas vivas de algodão no campo. Essa pausa interrompe o ciclo reprodutivo do bicudo e reduz a pressão das pragas entre uma safra e outra.

Além de promover a fiscalização, a Abapa tem intensificado as ações de orientação técnica, reforçando junto aos produtores a importância da medida.

A expectativa é de que, com o cumprimento das normas, a Bahia mantenha os avanços obtidos nos últimos anos em produtividade e qualidade na produção de algodão.

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