Os brasileiros retiraram R$ 315 milhões em valores esquecidos no sistema financeiro durante o mês de maio, segundo dados divulgados nesta terça-feira, 8 de julho, pelo Banco Central (BC). Desde a criação do Sistema de Valores a Receber (SVR), já foram devolvidos R$ 10,7 bilhões aos correntistas. No entanto, ainda restam R$ 10,1 bilhões disponíveis para saque.
O SVR é um serviço gratuito oferecido pelo Banco Central que permite a qualquer cidadão consultar se há dinheiro esquecido em contas bancárias encerradas, consórcios, cooperativas de crédito e outras instituições financeiras, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas, incluindo empresas encerradas e até mesmo pessoas falecidas.
Para consultar valores, não é necessário fazer login: basta informar o CPF e a data de nascimento, ou o CNPJ e a data de abertura da empresa. Já para solicitar o resgate, é obrigatório ter uma conta Gov.br com nível prata ou ouro e autenticação em dois fatores ativada.
O resgate pode ser feito de duas formas: Diretamente com a instituição financeira que detém o valor, mediante contato direto do titular; e pelo próprio sistema do SVR, com autenticação via Gov.br.
No caso de valores pertencentes a pessoas falecidas, a solicitação pode ser feita por herdeiros, representantes legais, inventariantes ou testamentários. Para empresas encerradas, o representante legal deve acessar o sistema com sua conta Gov.br e assinar um termo de responsabilidade.
Solicitação automática
Uma novidade implementada em maio é a solicitação automática de resgate, voltada exclusivamente para pessoas físicas com chave Pix registrada no CPF. Ao aderir a essa funcionalidade, o cidadão não precisa acessar o sistema com frequência nem fazer pedidos manuais: assim que houver valores disponíveis, o crédito será feito automaticamente na conta vinculada à chave Pix. A adesão é opcional.
Os dados estatísticos do SVR, atualizados com dois meses de defasagem, indicam que até o final de maio 31,3 milhões de correntistas já haviam feito resgates, sendo – 28,4 milhões de pessoas físicas e 2,8 milhões de pessoas jurídicas.
Por outro lado, 48,1 milhões de beneficiários ainda não sacaram seus recursos, sendo – 43,9 milhões são pessoas físicas; e 4,2 milhões, empresas.
O Banco Central reforça que todos os serviços do SVR são gratuitos e alerta para tentativas de golpe. O órgão não envia links, não entra em contato direto com cidadãos, nem solicita dados pessoais ou senhas. Apenas a instituição financeira identificada na consulta pode, eventualmente, entrar em contato com o titular.
Em caso de dúvida, o BC recomenda que os usuários acessem diretamente o site oficial do SVR e não compartilhem informações confidenciais com terceiros.